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Maduro será imputado 'por banho de sangue' na Venezuela, diz chefe da OEA

Secretário da Organização dos Estados Americanos adiantou que vai apresentar acusações perante a Corte Penal Internacional, em Haia

Demonstrators protest against Venezuelan President Nicolas Maduro's questioned presidential victory during a candlelight vigil at Bolivar Square in Bogota on July 30, 2024. Thousands of Venezuelans gathered July 30, 2024 in a peaceful show of opposition support a day after 11 people died and dozens were injured in protests against President Nicolas Maduro's questioned presidential victory. Brazilian President Luiz Inacio Lula da Silva and US counterpart Joe Biden called on July 30, 2024 for full results of the Venezuelan election to be published, with the Brazilian leader terming a dispute over results "normal." (Photo by Luis ACOSTA / AFP) (Luis ACOSTA/AFP)
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 07h13.

Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 07h36.

O secretário da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, adiantou nesta quarta-feira, 31, que vai apresentar acusações perante a Corte Penal Internacional, com sede em Haia, para que impute e emita uma ordem de prisão contra Nicolás Maduro pelo "banho de sangue" naVenezuela, onde pelo menos 11 civis e um militar morreram em protestos por sua reeleição.

" Maduro prometeu um banho de sangue (...) e está cumprindo. É o momento de apresentar acusações e uma ordem de captura por parte da Corte Penal Internacional contra os principais responsáveis, incluindo Maduro ", escreveu o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos no X.

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Também nas redes sociais, a líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, convocou na quarta-feira os apoiadores a "mobilizar" após o presidente Nicolás Maduro prometer manter o poder após uma vitória eleitoral amplamente contestada.

Nesta quarta-feira, o subsecretário de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols,
afirmou que o candidato oposicionista na Venezuela, Edmundo González, recebeu mais votos do que o presidente, Nicolás Maduro, na eleição ocorrida no domingo, com base em atas divulgadas pela oposição. A declaração foi a mais contundente vinda de uma autoridade de Washington, e deve colocar ainda mais pressão sobre as autoridades venezuelanas, que declararam Maduro o vencedor.

"Está claro que Edmundo González Urrutia derrotou Nicolás Maduro por milhões de votos", disse Nichols, durante reunião na Organização dos Estados Americanos (OEA), em Washington.

No discurso, o diplomata, o principal do governo de Joe Biden para a América Latina e Caribe, considerou válidas as atas divulgadas pela oposição desde domingo, que apontam para uma diferença considerável a favor de González. O números têm sido divulgados pela internet, apesar das tentativas de bloqueio organizadas pelo regime. O Brasil afirmou que não aceitará contagens paralelas.

"A tabulação destes resultados detalhados mostra claramente uma verdade irrefutável: Edmundo Gónzalez Urrutia venceu com 67% desses votos, em comparação com 30% de Maduro", disse o Nichols, citando números divulgados pelos oposicionistas. "E simplesmente não há votos suficientes nos restantes registos de recontagem para superar tal diferença".

O diplomata não sinalizou se a aceitação das atas divulgadas pela oposição é um prelúdio para um eventual reconhecimento de González como presidente eleito, ou se o Departamento de Estado e a Casa Branca poderão adotar outras formas de pressão contra Caracas, incluindo sanções.

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