Exame Logo

Maduro se diz pronto para suspender imunidade parlamentar

"Tenho pronto um decreto para retirar a imunidade de todos os cargos públicos e para ninguém utilizar a imunidade para conspirar", disse

Maduro: "Vou com a mão de ferro que (Hugo) Chávez me deu. Que ninguém se equivoque comigo" (Palácio Miraflores/Divulgação/Reuters)
DR

Da Redação

Publicado em 1 de setembro de 2016 às 18h06.

O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , anunciou nesta quinta-feira (1) que tem pronto um decreto para suspender a imunidade parlamentar, ao acusar a maioria opositora do Legislativo de planejar um golpe de Estado contra seu governo.

"Tenho pronto um decreto para retirar a imunidade de todos os cargos públicos e para ninguém utilizar a imunidade para conspirar, fazer um complô, ir contra o povo e à paz", disse Maduro diante de milhares de seguidores que se concentraram no centro de Caracas em resposta a uma massiva manifestação da oposição.

"Vou com a mão de ferro que (Hugo) Chávez me deu. Que ninguém se equivoque comigo", advertiu o presidente, que ratificou que acusará diante da justiça o presidente da Assembleia Nacional, o opositor Henry Ramos Allup, por incitação à violência.

"Ramos Allup, vade retro, Satanás!", gritou Maduro acusando o veterano político de promover "com violência verbal" a fúria que, segundo o governo, a oposição pretendia desatar em Caracas em sua manifestação para pedir ao poder eleitoral que acelerasse a convocação do referendo revogatório contra o presidente.

O chavismo denunciou que a oposição buscava confusões para justificar uma tentativa golpista e, nos últimos dias, deteve dois dirigentes opositores por supostamente terem explosivos, além de mandar para a cadeia um ex-prefeito opositor que estava em prisão domiciliar acusando-o de querer fugir para planejar atos violentos no protesto.

Maduro também assegurou que na segunda-feira (29) desmantelou um "acampamento paramilitar" em um bairro popular perto do palácio presidencial.

"Estamos atrás de vários criminosos e espero dar boas notícias nas próximas horas", avisou Maduro.

Ao final da chamada "Tomada de Caracas", Ramos Allup disse a jornalistas que o presidente "não pode retirar a imunidade parlamentar de ninguém" e sugeriu que ele lesse a Constituição.

"Presidente, não perca tempo nos ameaçando, nós não somos ameaçáveis, não somos intimidáveis", expressou o chefe do Legislativo.

Na quarta-feira (31), Maduro anunciou que pedirá ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que avalie acabar com a imunidade de todos os funcionários públicos, "começando pela imunidade parlamentar", no auge do estado de exceção que decretou pela situação econômica do país.

Desde que a oposição assumiu a maioria em janeiro passado, o Parlamento esteve enfurecido em uma luta de poderes com o TSJ, qualificado por Ramos Allup como "a mesa" do chavismo.

A corte anulou quase todas as decisões da Assembleia, declarando-as inconstitucionais.

Veja também

O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , anunciou nesta quinta-feira (1) que tem pronto um decreto para suspender a imunidade parlamentar, ao acusar a maioria opositora do Legislativo de planejar um golpe de Estado contra seu governo.

"Tenho pronto um decreto para retirar a imunidade de todos os cargos públicos e para ninguém utilizar a imunidade para conspirar, fazer um complô, ir contra o povo e à paz", disse Maduro diante de milhares de seguidores que se concentraram no centro de Caracas em resposta a uma massiva manifestação da oposição.

"Vou com a mão de ferro que (Hugo) Chávez me deu. Que ninguém se equivoque comigo", advertiu o presidente, que ratificou que acusará diante da justiça o presidente da Assembleia Nacional, o opositor Henry Ramos Allup, por incitação à violência.

"Ramos Allup, vade retro, Satanás!", gritou Maduro acusando o veterano político de promover "com violência verbal" a fúria que, segundo o governo, a oposição pretendia desatar em Caracas em sua manifestação para pedir ao poder eleitoral que acelerasse a convocação do referendo revogatório contra o presidente.

O chavismo denunciou que a oposição buscava confusões para justificar uma tentativa golpista e, nos últimos dias, deteve dois dirigentes opositores por supostamente terem explosivos, além de mandar para a cadeia um ex-prefeito opositor que estava em prisão domiciliar acusando-o de querer fugir para planejar atos violentos no protesto.

Maduro também assegurou que na segunda-feira (29) desmantelou um "acampamento paramilitar" em um bairro popular perto do palácio presidencial.

"Estamos atrás de vários criminosos e espero dar boas notícias nas próximas horas", avisou Maduro.

Ao final da chamada "Tomada de Caracas", Ramos Allup disse a jornalistas que o presidente "não pode retirar a imunidade parlamentar de ninguém" e sugeriu que ele lesse a Constituição.

"Presidente, não perca tempo nos ameaçando, nós não somos ameaçáveis, não somos intimidáveis", expressou o chefe do Legislativo.

Na quarta-feira (31), Maduro anunciou que pedirá ao Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) que avalie acabar com a imunidade de todos os funcionários públicos, "começando pela imunidade parlamentar", no auge do estado de exceção que decretou pela situação econômica do país.

Desde que a oposição assumiu a maioria em janeiro passado, o Parlamento esteve enfurecido em uma luta de poderes com o TSJ, qualificado por Ramos Allup como "a mesa" do chavismo.

A corte anulou quase todas as decisões da Assembleia, declarando-as inconstitucionais.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaNicolás MaduroPolíticosVenezuela

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Mundo

Mais na Exame