Maduro será presidente "designado', diz Franco
O presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou que "em alguns países, como no caso da Venezuela, o presidente da República é uma pessoa que não foi eleita"
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2013 às 16h22.
Assunção - O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse que Nicolás Maduro, que assumirá nesta sexta-feira o cargo de presidente interino da Venezuela, não é um candidato "eleito", mas "designado" por Hugo Chávez .
Franco afirmou que, "em uma monarquia, todos sabem quem será o sucessor do rei, que é sempre o príncipe. Mas em alguns países, como no caso da Venezuela, o presidente da República é uma pessoa que não foi eleita, mas sim designada pela vontade de uma pessoa que já morreu".
"Esse tema já vai estar "frio" no momento em que os presidentes do Mercosul tomarem sua decisão", acrescentou o líder em entrevista coletiva transmitida pela Rádio Nacional do Paraguai.
O país foi suspenso do Mercosul no dia 29 de junho de 2012 como forma de punição pelo impeachment do então presidente Fernando Lugo, que foi substituído por Franco, o vice-presidente na época.
Na mesma cúpula que determinou a suspensão do Paraguai, realizada em Mendoza (Argentina), os líderes de Brasil, Argentina e Uruguai aprovaram a entrada da Venezuela no bloco regional, medida que o Legislativo paraguaio boicotava desde 2006, e que o atual Executivo não considera "válida".
O Paraguai considerou Maduro "persona non grata" em julho do ano passado, por sua suposta "ingerência" durante a crise causada pela destituição de Lugo, quando o então chanceler venezuelano foi a Assunção como membro de uma delegação mediadora da Unasul.
Questionado se, após a morte de Chávez, o Executivo iria propor ao Legislativo um novo estudo sobre a entrada da Venezuela no Mercosul ou se deixaria a tarefa para o presidente que for eleito em abril, Franco ressaltou que o Paraguai é "uma república soberana e independente".
"Com essa mesma convicção, vamos continuar apresentando nossa posição. Sempre vamos escutar propostas que possam existir, e as levaremos em consideração quando forem favoráveis e estiverem de acordo com os princípios da soberania do povo paraguaio", acrescentou.
Franco garantiu que seu compromisso é "devolver a paz à República do Paraguai e reestabelecer o equilíbrio da nação, para que seja respeitada internacionalmente por sua postura de autodeterminação" e que não pretende "desistir" dessa posição.
"Veremos daqui a pouco o que pode acontecer com o Mercosul", disse, antes de criticar a posse de Maduro como presidente interino da Venezuela.
"Mas, mesmo assim, nós mantemos a posição de não intromissão nos assuntos internos de outros países", garantiu.
Maduro, vice-presidente da Venezuela, tomará posse hoje em uma sessão especial e convocará eleições para um prazo de 30 dias, segundo o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello.
Apenas Lugo viajou para o funeral de Chávez na Venezuela representando o Paraguai.
Assunção - O presidente do Paraguai, Federico Franco, disse que Nicolás Maduro, que assumirá nesta sexta-feira o cargo de presidente interino da Venezuela, não é um candidato "eleito", mas "designado" por Hugo Chávez .
Franco afirmou que, "em uma monarquia, todos sabem quem será o sucessor do rei, que é sempre o príncipe. Mas em alguns países, como no caso da Venezuela, o presidente da República é uma pessoa que não foi eleita, mas sim designada pela vontade de uma pessoa que já morreu".
"Esse tema já vai estar "frio" no momento em que os presidentes do Mercosul tomarem sua decisão", acrescentou o líder em entrevista coletiva transmitida pela Rádio Nacional do Paraguai.
O país foi suspenso do Mercosul no dia 29 de junho de 2012 como forma de punição pelo impeachment do então presidente Fernando Lugo, que foi substituído por Franco, o vice-presidente na época.
Na mesma cúpula que determinou a suspensão do Paraguai, realizada em Mendoza (Argentina), os líderes de Brasil, Argentina e Uruguai aprovaram a entrada da Venezuela no bloco regional, medida que o Legislativo paraguaio boicotava desde 2006, e que o atual Executivo não considera "válida".
O Paraguai considerou Maduro "persona non grata" em julho do ano passado, por sua suposta "ingerência" durante a crise causada pela destituição de Lugo, quando o então chanceler venezuelano foi a Assunção como membro de uma delegação mediadora da Unasul.
Questionado se, após a morte de Chávez, o Executivo iria propor ao Legislativo um novo estudo sobre a entrada da Venezuela no Mercosul ou se deixaria a tarefa para o presidente que for eleito em abril, Franco ressaltou que o Paraguai é "uma república soberana e independente".
"Com essa mesma convicção, vamos continuar apresentando nossa posição. Sempre vamos escutar propostas que possam existir, e as levaremos em consideração quando forem favoráveis e estiverem de acordo com os princípios da soberania do povo paraguaio", acrescentou.
Franco garantiu que seu compromisso é "devolver a paz à República do Paraguai e reestabelecer o equilíbrio da nação, para que seja respeitada internacionalmente por sua postura de autodeterminação" e que não pretende "desistir" dessa posição.
"Veremos daqui a pouco o que pode acontecer com o Mercosul", disse, antes de criticar a posse de Maduro como presidente interino da Venezuela.
"Mas, mesmo assim, nós mantemos a posição de não intromissão nos assuntos internos de outros países", garantiu.
Maduro, vice-presidente da Venezuela, tomará posse hoje em uma sessão especial e convocará eleições para um prazo de 30 dias, segundo o presidente do Parlamento, Diosdado Cabello.
Apenas Lugo viajou para o funeral de Chávez na Venezuela representando o Paraguai.