Maduro faz apelo à paz em artigo no New York Times
O presidente venezuelano Nicolás Maduro fez um apelo à paz em seu país em um artigo publicado no jornal New York Times
Da Redação
Publicado em 2 de abril de 2014 às 10h12.
Nova York - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro , fez nesta quarta-feira um apelo à paz em seu país em um artigo publicado no jornal New York Times , no qual pede ao "povo americano" que não puna a Venezuela .
No texto, que tem como título "Um apelo à paz de Venezuela", o presidente acusa os que organizam os protestos contra o governo há dois meses de terem como "único objetivo" a "derrubada inconstitucional do governo eleito democraticamente".
"Os recentes protestos na Venezuela chamaram a atenção da comunidade internacional. Grande parte da cobertura nos meios de comunicação internacionais distorcem a realidade de meu país e os fatos da atualidade", afirma Nicolás Maduro.
Segundo o presidente, nos Estados Unidos há uma "narrativa" apresentada pelo governo deste país na qual "os manifestantes são amplamente descritos como 'pacíficos', enquanto dizem que o governo é violento e repressor".
"Na realidade, o governo dos Estados Unidos está ao lado do 1% que deseja arrastar nosso país novamente a uma época na qual os 99% eram excluídos da vida política e apenas a elite, incluindo as empresas dos Estados Unidos, se beneficiava do petróleo da Venezuela", acusa.
Neste sentido, Maduro pede ao povo americano que apele ao Congresso para que não adote sanções contra a Venezuela. Ele adverte que as medidas "afetariam os setores mais pobres" da nação.
"Espero que o povo americano, conhecendo a verdade, expresse que a Venezuela e seu povo não merecem tal castigo, e peçam a seus líderes políticos que abstenham-se de tais sanções".
"A Venezuela precisa de paz. A Venezuela necessita de diálogo e a Venezuela tem que seguir adiante. Damos as boas-vindas a qualquer pessoa que sinceramente queira ajudar a alcançar estes objetivos", completou Maduro.
A onda de manifestações contra o presidente venezuelano provocou 39 mortes e deixou mais de 550 feridos em quase dois meses.
Segundo Maduro, que cita "36 pessoas assassinadas", os manifestantes "são diretamente responsáveis por mais da metade das vítimas fatais".
No texto, Maduro também faz uma defesa enérgica do processo iniciado em 1998 pelo falecido ex-presidente Hugo Chávez e da democracia no país.
"Desde 1998, o movimento fundado por Hugo Chávez venceu 18 eleições presidenciais, parlamentares e locais através de um processo eleitoral que o ex-presidente americano Jimmy Carter chamou de 'o melhor do mundo'", recordou.
"Nós, venezuelanos, nos sentimos orgulhosos de nossa democracia. Construímos um movimento democrático e participativo a partir da base, que tem assegurado que tanto o poder como os recursos sejam distribuídos de maneira equitativa a nosso povo", disse.
Maduro admitiu, no entanto, que o governo "enfrentou sérios problemas econômicos nos últimos 16 meses, incluindo a inflação e a escassez de alguns produtos básicos".
Ele também cita o aumento da criminalidade, que está sendo combatido com "a criação de um novo corpo de polícia nacional".
Mas no fim do texto ele reitera a posição oficial sobre as manifestações.
"A maior parte dos protestos contra o governo está sendo organizada pelos setores mais ricos da sociedade, que se opõem e tentam reverter as conquistas do processo revolucionário que tem beneficiado a imensa maioria do povo venezuelano", afirma.
Nova York - O presidente venezuelano, Nicolás Maduro , fez nesta quarta-feira um apelo à paz em seu país em um artigo publicado no jornal New York Times , no qual pede ao "povo americano" que não puna a Venezuela .
No texto, que tem como título "Um apelo à paz de Venezuela", o presidente acusa os que organizam os protestos contra o governo há dois meses de terem como "único objetivo" a "derrubada inconstitucional do governo eleito democraticamente".
"Os recentes protestos na Venezuela chamaram a atenção da comunidade internacional. Grande parte da cobertura nos meios de comunicação internacionais distorcem a realidade de meu país e os fatos da atualidade", afirma Nicolás Maduro.
Segundo o presidente, nos Estados Unidos há uma "narrativa" apresentada pelo governo deste país na qual "os manifestantes são amplamente descritos como 'pacíficos', enquanto dizem que o governo é violento e repressor".
"Na realidade, o governo dos Estados Unidos está ao lado do 1% que deseja arrastar nosso país novamente a uma época na qual os 99% eram excluídos da vida política e apenas a elite, incluindo as empresas dos Estados Unidos, se beneficiava do petróleo da Venezuela", acusa.
Neste sentido, Maduro pede ao povo americano que apele ao Congresso para que não adote sanções contra a Venezuela. Ele adverte que as medidas "afetariam os setores mais pobres" da nação.
"Espero que o povo americano, conhecendo a verdade, expresse que a Venezuela e seu povo não merecem tal castigo, e peçam a seus líderes políticos que abstenham-se de tais sanções".
"A Venezuela precisa de paz. A Venezuela necessita de diálogo e a Venezuela tem que seguir adiante. Damos as boas-vindas a qualquer pessoa que sinceramente queira ajudar a alcançar estes objetivos", completou Maduro.
A onda de manifestações contra o presidente venezuelano provocou 39 mortes e deixou mais de 550 feridos em quase dois meses.
Segundo Maduro, que cita "36 pessoas assassinadas", os manifestantes "são diretamente responsáveis por mais da metade das vítimas fatais".
No texto, Maduro também faz uma defesa enérgica do processo iniciado em 1998 pelo falecido ex-presidente Hugo Chávez e da democracia no país.
"Desde 1998, o movimento fundado por Hugo Chávez venceu 18 eleições presidenciais, parlamentares e locais através de um processo eleitoral que o ex-presidente americano Jimmy Carter chamou de 'o melhor do mundo'", recordou.
"Nós, venezuelanos, nos sentimos orgulhosos de nossa democracia. Construímos um movimento democrático e participativo a partir da base, que tem assegurado que tanto o poder como os recursos sejam distribuídos de maneira equitativa a nosso povo", disse.
Maduro admitiu, no entanto, que o governo "enfrentou sérios problemas econômicos nos últimos 16 meses, incluindo a inflação e a escassez de alguns produtos básicos".
Ele também cita o aumento da criminalidade, que está sendo combatido com "a criação de um novo corpo de polícia nacional".
Mas no fim do texto ele reitera a posição oficial sobre as manifestações.
"A maior parte dos protestos contra o governo está sendo organizada pelos setores mais ricos da sociedade, que se opõem e tentam reverter as conquistas do processo revolucionário que tem beneficiado a imensa maioria do povo venezuelano", afirma.