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Maduro envia paraquedistas para reduto estudantil

Segundo a imprensa local, viam-se hoje lojas fechadas e várias ruas bloqueadas em San Cristóbal, capital do estado de Táchira

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, durante comício em Caracas no dia 18 de fevereiro (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de fevereiro de 2014 às 22h13.

Caracas - O governo venezuelano ordenou o envio, nesta quinta-feira, de um batalhão de paraquedistas para San Cristóbal, berço dos protestos estudantis que se espalham pelo país, enquanto o presidente Nicolás Maduro acusava a rede de televisão americana CNN de fazer "propaganda de guerra".

Hoje, segundo a imprensa local, viam-se lojas fechadas e várias ruas bloqueadas em San Cristóbal, capital do estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia. Manifestantes e forças de segurança têm se enfrentado na região quase diariamente.

"Ordenou-se a mobilização de um batalhão de paraquedistas para o estado de Táchira" para reforçar os acessos a San Cristóbal, porque se detectou "pessoal colombiano que vem cumprir missões de paramilitares", denunciou o ministro venezuelano do Interior, Miguel Rodríguez Torres, em entrevista coletiva.

Os protestos estudantis em San Cristóbal começaram em 4 de fevereiro e, de lá, espalharam-se por todo o país, ganhando matizes violentos. Até o momento, a onda de violência deixou quatro mortos e dezenas de feridos.

Também nesta quinta, em pronunciamento divulgado por rádio e televisão, o presidente Nicolás Maduro ameaçou bloquear a transmissão da rede americana CNN, se a emissora não retificar sua programação. Maduro acusa a empresa de querer mostrar "uma guerra civil" no país.

"Pedi à ministra (das Comunicações) Delcy Rodríguez que notifique à CNN sobre o início do processo administrativo para tirá-los da Venezuela caso não mudem isto.

"Vá embora da Venezuela, CNN. Já basta de propaganda de guerra", advertiu Maduro em mensagem à Nação.

"Estava agora no meu gabinete vendo a CNN. Durante as 24 horas do dia sua programação é de guerra. Eles querem mostrar ao mundo que na Venezuela há uma guerra civil, mas na Venezuela o povo está trabalhando", insistiu.


Na semana passada, o governo venezuelano bloqueou o canal de notícias colombiano por assinatura NTN24, sob a acusação de tentar gerar "frustração" na população, quando transmitia confrontos após uma passeata da oposição.

O NTN24 pretendia "transmitir um fracassado golpe de Estado como o de 11 de abril (de 2002, contra o então presidente Hugo Chávez). Fora do ar, NTN24!", disse Maduro na ocasião.

O chavismo denuncia que esses protestos são uma tentativa de golpe de Estado e, por sua organização, responsabiliza a direita "fascista", setores conservadores dos Estados Unidos e o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe. Durante seu mandato, este último teve péssimas relações com o falecido líder Hugo Chávez.

Prisão preventiva

Na madrugada desta quinta, os setores leste e central de Caracas voltaram a ser palco de conflitos e de operações policiais de dispersão. Enquanto isso, em uma prisão militar, uma juíza apresentava as acusações de incitação à violência e danos ao líder opositor radical Leopoldo López, que está detido.

López é um dos dirigentes da ala radical da opositora Mesa de Unidade Democrática, que promove, sob o slogan "a Saída", a tática de ocupar as ruas para conseguir a mudança de governo. A Constituição venezuelana determina que um referendo revogatório de mandato presidencial será possível apenas em 2016.

O outro líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, contrário à ocupação das ruas, desafiou o presidente Nicolás Maduro a mostrar provas do suposto plano de golpe de Estado.

"Você (presidente) deve mostrar ao país as provas desse golpe. Onde estão os detidos que dariam esse golpe (...)? Por que fala tanto de golpe em desenvolvimento? Onde estão as provas? Os civis não dão golpes de Estado, os militares dão", afirmou Capriles.

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Caracas - O governo venezuelano ordenou o envio, nesta quinta-feira, de um batalhão de paraquedistas para San Cristóbal, berço dos protestos estudantis que se espalham pelo país, enquanto o presidente Nicolás Maduro acusava a rede de televisão americana CNN de fazer "propaganda de guerra".

Hoje, segundo a imprensa local, viam-se lojas fechadas e várias ruas bloqueadas em San Cristóbal, capital do estado de Táchira, na fronteira com a Colômbia. Manifestantes e forças de segurança têm se enfrentado na região quase diariamente.

"Ordenou-se a mobilização de um batalhão de paraquedistas para o estado de Táchira" para reforçar os acessos a San Cristóbal, porque se detectou "pessoal colombiano que vem cumprir missões de paramilitares", denunciou o ministro venezuelano do Interior, Miguel Rodríguez Torres, em entrevista coletiva.

Os protestos estudantis em San Cristóbal começaram em 4 de fevereiro e, de lá, espalharam-se por todo o país, ganhando matizes violentos. Até o momento, a onda de violência deixou quatro mortos e dezenas de feridos.

Também nesta quinta, em pronunciamento divulgado por rádio e televisão, o presidente Nicolás Maduro ameaçou bloquear a transmissão da rede americana CNN, se a emissora não retificar sua programação. Maduro acusa a empresa de querer mostrar "uma guerra civil" no país.

"Pedi à ministra (das Comunicações) Delcy Rodríguez que notifique à CNN sobre o início do processo administrativo para tirá-los da Venezuela caso não mudem isto.

"Vá embora da Venezuela, CNN. Já basta de propaganda de guerra", advertiu Maduro em mensagem à Nação.

"Estava agora no meu gabinete vendo a CNN. Durante as 24 horas do dia sua programação é de guerra. Eles querem mostrar ao mundo que na Venezuela há uma guerra civil, mas na Venezuela o povo está trabalhando", insistiu.


Na semana passada, o governo venezuelano bloqueou o canal de notícias colombiano por assinatura NTN24, sob a acusação de tentar gerar "frustração" na população, quando transmitia confrontos após uma passeata da oposição.

O NTN24 pretendia "transmitir um fracassado golpe de Estado como o de 11 de abril (de 2002, contra o então presidente Hugo Chávez). Fora do ar, NTN24!", disse Maduro na ocasião.

O chavismo denuncia que esses protestos são uma tentativa de golpe de Estado e, por sua organização, responsabiliza a direita "fascista", setores conservadores dos Estados Unidos e o ex-presidente colombiano Alvaro Uribe. Durante seu mandato, este último teve péssimas relações com o falecido líder Hugo Chávez.

Prisão preventiva

Na madrugada desta quinta, os setores leste e central de Caracas voltaram a ser palco de conflitos e de operações policiais de dispersão. Enquanto isso, em uma prisão militar, uma juíza apresentava as acusações de incitação à violência e danos ao líder opositor radical Leopoldo López, que está detido.

López é um dos dirigentes da ala radical da opositora Mesa de Unidade Democrática, que promove, sob o slogan "a Saída", a tática de ocupar as ruas para conseguir a mudança de governo. A Constituição venezuelana determina que um referendo revogatório de mandato presidencial será possível apenas em 2016.

O outro líder da oposição venezuelana, Henrique Capriles, contrário à ocupação das ruas, desafiou o presidente Nicolás Maduro a mostrar provas do suposto plano de golpe de Estado.

"Você (presidente) deve mostrar ao país as provas desse golpe. Onde estão os detidos que dariam esse golpe (...)? Por que fala tanto de golpe em desenvolvimento? Onde estão as provas? Os civis não dão golpes de Estado, os militares dão", afirmou Capriles.

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