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Maduro e Guaidó se manifestam após conflito na fronteira

Confronto entre as Forças Armadas venezuelanas e a população já deixou dois mortos e ao menos 12 feridos

Maduro-Guaidó: Líderes seguem em conflito sobre comando da Venezuela (Montagem/Exame)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 22 de fevereiro de 2019 às 17h10.

Última atualização em 22 de fevereiro de 2019 às 19h00.

O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , foi ao Twitter nesta sexta-feira, 22, para publicar um vídeo em que reforça apoio à Força Armada Nacional Bolivariana, escrevendo que o objetivo dos militares é garantir a paz e a defesa integral do país.

O tuíte foi publicado na rede social horas depois de soldados venezuelanos matarem 2 pessoas e ferirem outras 12 que tentaram impedir o fechamento da fronteira entre a Venezuela e o Brasil na manhã desta sexta.

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"A nossa FANB está mobilizada em todo o território nacional para garantir a paz e a defesa integral do país", escreveu. "Máxima moral, máxima coesão e máxima ação. Venceremos!".

O líder opositor Juan Guaidó também usou o Twitter para se manifestar sobre o incidente com os indígenas. "Na comunidade de Kumarakapay, dois soldados atiraram contra Pemones que estavam nos postos de checagem", escreveu. "Nossa solidariedade para eles. Isso não ficará sem punição".

Em um tuíte separado, Guaidó acrescentou uma mensagem aos soldados. "Aos soldados: entre hoje e amanhã vocês definirão como serão lembrados. Nós sabemos que vocês estão com o povo, vocês deixaram isso claro. Amanhã, vocês poderão demonstrar isso."

ONU contra a violência

O secretário-geral da Organização das Nações Unidos (ONU), António Guterres, "apela enfaticamente" para que se evite a violência na Venezuela, disse um porta-voz da ONU nesta sexta-feira após a primeira morte ligada aos esforços de levar ajuda humanitária ao país, contrariando as ordens do presidente venezuelano, Nicolás Maduro.

"Qualquer perda de vida é lastimável", disse o porta-voz Stephane Dujarric a repórteres. "Olhando para o futuro, o secretário-geral apela enfaticamente para que se evite a violência".

O líder da oposição, Juan Guaidó, se comprometeu a levar ajuda humanitária de países vizinhos no sábado e pediu que forças de segurança desobedeçam Maduro e permitam a entrada da ajuda no país, assolado por falta de alimentos e medicamentos.

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