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Maduro é denunciado em Haia por crimes contra humanidade

Parlamentares de partidos de direita latino-americanos pediram à Corte Penal Internacional que investigue presidente da Venezuela e funcionários de seu governo

Nicolás Maduro: denúncia envolve Maduro, presidente da Assembleia Nacional, ministro da Justiça e Paz, procuradora-geral da República, entre outros (Vice-presidência/AFP/AFP)
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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2014 às 19h25.

Parlamentares de partidos de direita latino-americanos pediram nesta segunda-feira à Corte Penal Internacional (CPI) que investigue o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , e funcionários de seu governo, por suspeita de crimes de lesa-humanidade - de acordo com nota divulgada em Buenos Aires por membros do grupo.

"Os parlamentares solicitaram que se investiguem as violações generalizadas e sistemáticas de direitos humanos executadas por corpos militares, policiais, milícias e paramilitares", durante os dias prévios e posteriores a 12 de fevereiro, acrescenta o comunicado divulgado pelos demandantes.

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A apresentação foi feita na Procuradoria da CPI pelos deputados Cornelia Schmidt Lierman (da argentina Proposta Republicana), Adrián Oliva (da boliviana Convergência Nacional) e Cecilia Chacón (da peruana Força Popular).

A denúncia envolve Maduro, o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, o ministro da Justiça e Paz, Miguel Rodríguez, e a procuradora-geral da República, Luisa Ortega Díaz, entre outros.

Segundo o texto da denúncia, há "elementos que tipificam, claramente, crimes de lesa-humanidade, por terem ocorrido, durante os dias indicados, assassinatos, torturas, violações e detenções em massa e indiscriminadas".

O grupo alega ainda que houve uma "perseguição de Estado dirigida, de modo generalizado e sistemático, a um grupo de civis com identidade própria, fundada em motivos políticos".

Em 12 de fevereiro, houve uma grande manifestação no país convocada por um dos líderes da oposição atualmente detido, Leopoldo López.

Nesse dia, três pessoas morreram. Segundo a Procuradoria Geral da Venezuela, o número de mortos chega a 39.

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