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Maduro diz que libertações após crise eleitoral buscam 'justiça'

A ONG Foro Penal, dedicada à defesa de presos políticos, comprovou 143 libertações, incluindo 10 adolescentes e 133 adultos

Um homem preso durante os protestos após a disputada eleição presidencial de 28 de julho caminha em direção a parentes após sua libertação do lado de fora da prisão de Yare, em San Francisco de Yare, Venezuela, em 16 de novembro de 2024 (Federico PARRA /AFP)
AFP

Agência de notícias

Publicado em 19 de novembro de 2024 às 09h02.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse na segunda-feira, 18, que a libertação de um grupo de venezuelanos detidos após as polêmicas eleições nas quais ele foi proclamado vencedor para um terceiro mandato consecutivo em meio a denúncias de fraude busca fazer "justiça".

Maduro fez o comentário em referência a 225 medidas de liberdade anunciadas na sexta-feira, 15 de novembro, pelo Ministério Público, após a revisão de casos vinculados aos protestos contra sua reeleição, que resultaram em quase de 2.400 pessoas detidas, incluindo 164 adolescentes.

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"A feliz libertação deste grupo de venezuelanos e venezuelanas foi uma iniciativa conjunta entre o procurador-geral, Tarek William Saab, a presidente do TSJ (Tribunal Supremo de Justiça), Caryslia Beatriz Rodríguez, e eu, na busca por justiça", disse Maduro durante seu programa semanal de televisão.

As medidas foram concedidas alguns dias após Maduro pedir para "retificar e revisar" os casos por "justiça".

Os protestos pós-eleitorais também deixaram 28 mortos, incluindo dois soldados, e quase 200 feridos.

"Apenas se houver justiça, haverá paz. Assim, parabenizo os órgãos da justiça, o Poder Judiciário, o Poder Cidadão e o Ministério Público pelos passos muito favoráveis que consolidam a paz no país", disse Maduro.

Contudo, ao ser questionado sobre a possibilidade de conceder uma anistia geral, ele respondeu: "Acredito que vai acontecer justiça geral".

A ONG Foro Penal, dedicada à defesa de presos políticos, comprovou 143 libertações, incluindo 10 adolescentes e 133 adultos, até a noite de segunda-feira.

"Após as recentes libertações, a Venezuela continua com mais de 1.700 presos políticos", afirmou Alfredo Romero, presidente da Foro Penal.

A ONG denunciou que a Venezuela registra o maior número de "presos políticos" no século XXI e no continente americano, a maioria em penitenciárias de segurança máxima.

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