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Maduro desmente secretário dos EUA e nega que fugiria para Cuba

O presidente da Venezuela afirmou que falta "seriedade" ao secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo

Maduro: "Senhor Pompeo, por favor, que falta de seriedade" (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
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EFE

Publicado em 1 de maio de 2019 às 09h49.

Última atualização em 1 de maio de 2019 às 09h54.

Caracas - O presidente da Venezuela , Nicolás Maduro , desmentiu nesta terça-feira que tivesse a intenção de deixar o poder e refugiar-se em Cuba, como afirmou o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, a quem acusou de falta de "seriedade".

"Mike Pompeo disse que eu, Maduro, tinha um avião preparado para ir a Cuba, para fugir, e os russos desceram do avião e me proibiram de sair do país. Senhor Pompeo, por favor, que falta de seriedade", disse Maduro, durante pronunciamento em cadeia obrigatória de rádio e televisão.

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O líder venezuelano estava acompanhado pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino, e o considerado como número dois do chavismo, Diosdado Cabello.

Maduro enfrentou o que considerou como um golpe de Estado, depois que o presidente do Parlamento, Juan Guaidó, a quem mais de 50 países, incluindo o Brasil, reconhecem como presidente encarregado, pediu às Forças Armadas que virassem as costas ao líder chavista e participassem de seu movimento.

Guaidó divulgou sua mensagem através das redes sociais e cercado por aproximadamente 20 militares, além do líder de seu partido, Leopoldo López, que deixou a prisão domiciliar para participar das manifestações, que terminaram com pelo menos um morto e 77 feridos, entre eles oito membros dos corpos de segurança.

Maduro também acusou hoje aos EUA e Colômbia de apoiarem a revolta, ao mesmo tempo apontando que o presidente Donald Trump "não passa um dia sem se envolver" com a Venezuela.

"Eu acredito de verdade e digo ao chanceler (Jorge Arreaza), que nos Estados Unidos da América não houve um governo tão louco como este", afirmou, se referindo a Trump.

Além disso, o presidente venezuelano disse que a revolta contou com o apoio da Colômbia e EUA.

"Nunca antes na história da Venezuela houve uma revolta por causa do esforço obsessivo, sinistro de um grupo de oposição da ultra-direita venezuelana, a oligarquia colombiana e o imperialismo dos EUA, por sua posição de derrubar o governo constitucional da Venezuela, para impor um governo ilegítimo", afirmou.

A Venezuela vem experimentando uma grande tensão política desde o mês de janeiro, quando Maduro jurou um novo mandato de seis anos, não reconhecido pela oposição e parte da comunidade internacional, e Guaidó proclamou um governo interino que conta com o apoio de mais de 50 países.

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