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Maduro condena violência no Parlamento e pede investigação

Um grupo de simpatizantes do movimento chavista invadiu a Assembleia Nacional e agrediu parlamentares da oposição

Venezuela: "Condeno absolutamente esses fatos, até onde os conheço neste momento", disse Maduro (Andres Martinez Casares/Reuters)
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EFE

Publicado em 5 de julho de 2017 às 17h53.

Caracas - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro , condenou os atos violentos ocorridos no Palácio Federal Legislativo, sede do Parlamento, que foi invadido nesta quarta-feira por um grupo de apoiadores de seu governo que agrediu vários deputados, funcionários da Casa e jornalistas, e pediu uma investigação.

"Condeno absolutamente esses fatos, até onde os conheço neste momento. Jamais serei cúmplice de nenhum caso de violência. Eu os condeno, ordenei uma investigação e quero que se faça justiça", afirmou Maduro em um desfile cívico militar em Caracas em comemoração ao Dia da Independência.

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Um grupo de simpatizantes do movimento chavista - vários usando camisas vermelhas, armados com pedaços de madeira e portando fogos de artifício - invadiu a Assembleia Nacional, cuja maioria dos parlamentares é opositora ao governo, a agrediu os presentes, como constatou a reportagem da Agência Efe.

Maduro afirmou que foi informado de "fatos estranhos" e "uns casos de briga, de violência" na Câmara. Ele disse não aceitar violência "de ninguém" e pediu um clima de paz no país, sobretudo, ressaltou, pela aproximação das eleições para a Assembleia Nacional Constituinte.

"Paz, quero paz para a Venezuela. Não aceito violência de ninguém. Que se investigue e se diga a verdade", ressaltou.

O presidente da Assembleia Nacional, o opositor Julio Borges, contou pelo menos cinco deputados feridos - Juan José Molina, Armando Armas, Américo de Grazia, Richard Blanco e Juan Guaidó - e sete funcionários do Parlamento.

A conta da Assembleia Nacional no Twitter relatou também agressões aos deputados Luis Carlos Padilla, Leonardo Regnault e Nora Bracho.

Desde 1º de abril, a Venezuela vive uma onda de manifestações a favor e contra o governo, algumas das quais se tornaram violentas e deixaram até agora 91 mortos e mais de mil feridos, segundo o Ministério Público do país.

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