Lula diz não mirar 2014, mas em "política nunca pode dizer não"
São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou em aberto nesta quarta-feira seu retorno à campanha eleitoral em 2014 para disputar um novo mandato na Presidência da República. Perguntado se teria o sonho de retornar à Presidência daqui a quatro anos, respondeu: "Não... Agora também em política a gente nunca pode dizer […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h36.
São Paulo - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou em aberto nesta quarta-feira seu retorno à campanha eleitoral em 2014 para disputar um novo mandato na Presidência da República.
Perguntado se teria o sonho de retornar à Presidência daqui a quatro anos, respondeu: "Não... Agora também em política a gente nunca pode dizer não, nunca mais eu vou fazer isso".
"E se eu tiver juízo e tiver os meus neurônios perfeitos, eu me contentarei em ser um bom ex-presidente da República, sem dar palpite na vida de quem está governando", declarou, em entrevista exibida pela TV Record e gravada em Brasília.
Em outro trecho, indagado se reconhecia a contribuição das políticas do governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) para o bom desempenho do Brasil na área econômica, limitou-se a comentar a importância da criação do Plano Real.
"Eu reconheço que teve ajuda da era Getúlio Vargas", brincou. "Todo mundo fez um pouco neste país. O Fernando Henrique Cardoso teve um momento importante, no primeiro mandato... o Plano Real foi importante", afirmou.
Emocionou-se ao comentar sobre um empréstimo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a uma cooperativa de catadores de lixo em São Paulo e quando recebeu um grupo de moradores de rua em Brasília.
Ele negou ter ferido a lei eleitoral por propaganda favorável à candidata à Presidência Dilma Rousseff (PT), apesar de ter sido multado seis vezes por promovê-la antes do início formal da campanha. Defendeu, no entanto, regras mais claras para o processo eleitoral.
Futebol
Sobre a Copa do Mundo, Lula disse não saber o orçamento todo para a realização do evento no Brasil, em 2014, mas que o governo gastará "o que for necessário... para fazer a melhor Copa do Mundo que o mundo já viu".
Na segunda-feira, Lula assinou uma Medida Provisória para agilizar as obras do Mundial. O ritmo lento dos preparativos do Brasil já foi alvo de críticas da Fifa, que demonstrou preocupação tanto com as obras de estádios como de infraestrutura necessárias para o torneio.
Diante do impasse sobre a escolha do estádio que sediará o evento em São Paulo com o veto da Fifa ao Morumbi, Lula disse que o Estado não pode ficar fora da Copa. "Que se virem", declarou.
Em relação à Seleção Brasileira, que deverá ter seu novo técnico anunciado até segunda-feira, elegeu seu favorito.
"Eu sinceramente votaria no Felipão... Tem que ser (alguém) menos mandão e mais líder".