Mundo

Londres rejeita negociar Malvinas com Argentina

Governo britânico voltou a dizer que só conversa sobre a ilha se os moradores decidirem assim

Bandeira do Reino Unido na Ilha das Malvinas: sem negociação com a Argentina (Ken Griffiths/Wikimedia Commons)

Bandeira do Reino Unido na Ilha das Malvinas: sem negociação com a Argentina (Ken Griffiths/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de janeiro de 2012 às 16h09.

Londres - O Reino Unido não negociará sobre a soberania das Malvinas 'até que os ilhéus assim desejem', disse nesta quarta-feira à Agência Efe um porta-voz do Ministério de Relações Exteriores britânico.

O porta-voz fez estas declarações ao ser perguntado sobre o documento assinado pelos países da Comunidade do Caribe (Caricom) no domingo na ilha de Granada, que inclui um plano de ação de 16 pontos que, entre outros, respalda 'o princípio e o direito à autodeterminação de todos os povos, inclusive os das Malvinas'.

O documento assinala 'a importância histórica da autodeterminação no desenvolvimento político do Caribe' como 'um princípio internacionalmente estipulado de conformidade com a Carta da ONU'.

Londres conseguiu este apoio depois que, em dezembro do ano passado, os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) e vários sócios do bloco resolvessem impedir que atraquem em seus portos navios com bandeira das Malvinas, o que foi criticado por autoridades britânicas.

Ao referir-se ao documento aprovado pelo Caricom, um porta-voz do Ministério de Exteriores britânico disse que 'a relação do Reino Unido com todos seus territórios dependentes é uma relação moderna baseada no companheirismo, nos valores compartilhados e no direito de cada território a determinar se deseja manter um vínculo com o Reino Unido'.

O Foreign Office frisou que 'isto é tão certo no caso das Malvinas como no de qualquer outro território', em relação a este arquipélago sob domínio britânico desde 1833 e cuja soberania é reivindicada pela Argentina.

'Os habitantes das Malvinas são cidadãos britânicos' e 'seguem sendo livres para escolher seu próprio futuro, tanto política como economicamente, e têm direito à autodeterminação', acrescentou.

Neste ano se completa o 30º aniversário da guerra entre Argentina e Reino Unido pela posse das Malvinas, depois que os militares argentinos ocuparam as ilhas no dia 2 de abril de 1982, mas o conflito armado terminou em junho daquele ano com a rendição da Argentina.

No conflito morreram 255 militares britânicos e mais de 650 argentinos. 

Acompanhe tudo sobre:América LatinaArgentinaDiplomaciaEuropaPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Eleição na Venezuela: Urnas fecham com atraso e oposição pede que eleitores acompanhem contagem

Eleições na Venezuela: compare os planos de governo de Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia

Maduro convoca apoiadores para mobilização de votos de última hora

Venezuelanos protestam em Miami por não poderem votar nas eleições de seu país

Mais na Exame