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Líderes do Hamas deixaram escritório político do movimento no Catar, diz fonte palestina

Ministério das Relações Exteriores negou que as autoridades do país fecharam o local criado para o processo de mediação entre o grupo xiita e Israel

Manifestantes exibem uma bandeira palestina gigante durante uma marcha exigindo paz nos territórios palestinos e no Líbano, no âmbito do primeiro aniversário do conflito Israel-Hamas na Cidade da Guatemala em 6 de outubro de 2024 (JOHAN ORDONEZ/AFP)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 13h11.

Os líderes do grupo islâmico palestino Hamas deixaram o Catar, local que até agora acolheu o escritório político do movimento, após o país ter suspendido sua mediação nas negociações para uma trégua com Israel, informou nesta segunda-feira uma fonte do Hamas à Agência EFE nesta segunda-feira, 2.

“Os líderes do Hamas deixaram o território do Catar com suas famílias para vários destinos”, disse a fonte do grupo, que pediu para não ser identificado, embora não tenha detalhado quem são ou para onde foram.

Em 19 de novembro, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Catar, Majed al Ansari,negou que as autoridades do país tivessem fechado definitivamente o escritório do grupo islâmico Hamas em Doha, embora tenha garantido que os líderes do movimento palestino não estavam presente naquele momento na capita catari.

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Al Ansari afirmou que “o escritório do Hamas em Doha foi criado para o processo de mediação” e detalhou que, “obviamente, quando não há processo de mediação, o próprio escritório não tem outra função”.

No entanto, negou o fechamento e destacou que “se for obrigado a fechar o escritório do Hamas, permanentemente, você ouvirá isso nesta plataforma ou em uma declaração do Ministério das Relações Exteriores” dados os rumores sobre esta questão, algo que não tem relatado até agora.

O Hamas também negou então que as autoridades do Catar tivessem pedido aos seus líderes que abandonassem o país.

Atualmente, uma delegação do Hamas está no Cairo juntamente com outra do movimento palestino Fatah para abordar a futura administração da Faixa de Gaza e discutir um documento de cessar-fogo que lhes foi apresentado ontem pelo Egito – um mediador nas negociações – para uma trégua de 60 dias.

Ambas as delegações têm encontro marcado hoje com o chefe da Inteligência egípcia, Hasan Rashad, na capital egípcia.

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