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Líder rebelde foi torturado na Líbia após ser entregue pela CIA

Documentos encontrados no país mostram que serviço secreto de Kadafi mantinha ligações com agências de segurança dos EUA e do Reino Unido

O governo inglês investiga ligações entre o serviço secreto local e o governo de Muammar Kadafi (Joseph Eid/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 5 de setembro de 2011 às 15h19.

Londres - O comandante da milícia rebelde em Trípoli, Abul Hakim Belhaj, foi detido em uma operação da CIA e do MI6 em 2004, entregue à Líbia e torturado pelo regime de Kadafi, informaram nesta segunda-feira vários veículos da imprensa britânica.

De acordo com a "BBC", Belhaj foi detido na Malásia e levado a Bangcoc, de onde seguiu viagem para Trípoli. Documentos que estavam entre os escombros da embaixada britânica na Líbia indicam vínculos entre serviços de espionagem britânicos e serviços de segurança de Kadafi em operações de voos secretos da CIA.

Segundo as informações divulgadas no último fim de semana, homens do governo de Kadafi transmitiam informações ao serviço secreto britânico MI5 sobre interrogatórios que aconteciam na Líbia com suspeitos de terrorismo.

Um dos documentos citados pela "BBC" foi encontrado pela organização americana Human Rights Watch e revela que britânicos e líbios colaboraram para transferir outro suspeito de terrorismo, identificado como Abu Munhtir. Ele foi levado de Hong Kong a Trípoli junto com sua família, apesar do risco de que pudesse ser torturado.

O jornal "The Guardian" lembrou que durante anos os funcionários do MI5 e MI6 negaram cumplicidade com os EUA em operações realizadas após o 11/9. De acordo com a publicação, o líder rebelde Hakim Belhaj exigiu uma desculpa formal dos governos dos EUA e Reino Unido.

"O que aconteceu comigo e com a minha família é ilegal. Mereço um pedido de desculpas por ser capturado, torturado e por todas as coisas ilegais, começando pelo interrogatório em Bangcoc e pela informação privilegiada que foi transmitida para a segurança líbia", disse Belhaj à "BBC".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira que os vínculos entre serviços de inteligência do Reino Unido e serviços de segurança líbios serão averiguados.

Um porta-voz do primeiro-ministro afirmou que o magistrado do Tribunal de Apelações, Peter Gibson, que desde 2006 supervisiona a atividade dos serviços secretos, será responsável por examinar "as novas acusações".

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De acordo com a "BBC", Belhaj foi detido na Malásia e levado a Bangcoc, de onde seguiu viagem para Trípoli. Documentos que estavam entre os escombros da embaixada britânica na Líbia indicam vínculos entre serviços de espionagem britânicos e serviços de segurança de Kadafi em operações de voos secretos da CIA.

Segundo as informações divulgadas no último fim de semana, homens do governo de Kadafi transmitiam informações ao serviço secreto britânico MI5 sobre interrogatórios que aconteciam na Líbia com suspeitos de terrorismo.

Um dos documentos citados pela "BBC" foi encontrado pela organização americana Human Rights Watch e revela que britânicos e líbios colaboraram para transferir outro suspeito de terrorismo, identificado como Abu Munhtir. Ele foi levado de Hong Kong a Trípoli junto com sua família, apesar do risco de que pudesse ser torturado.

O jornal "The Guardian" lembrou que durante anos os funcionários do MI5 e MI6 negaram cumplicidade com os EUA em operações realizadas após o 11/9. De acordo com a publicação, o líder rebelde Hakim Belhaj exigiu uma desculpa formal dos governos dos EUA e Reino Unido.

"O que aconteceu comigo e com a minha família é ilegal. Mereço um pedido de desculpas por ser capturado, torturado e por todas as coisas ilegais, começando pelo interrogatório em Bangcoc e pela informação privilegiada que foi transmitida para a segurança líbia", disse Belhaj à "BBC".

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, anunciou nesta segunda-feira que os vínculos entre serviços de inteligência do Reino Unido e serviços de segurança líbios serão averiguados.

Um porta-voz do primeiro-ministro afirmou que o magistrado do Tribunal de Apelações, Peter Gibson, que desde 2006 supervisiona a atividade dos serviços secretos, será responsável por examinar "as novas acusações".

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