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Líder independentista da Catalunha irá da prisão ao governo?

A quinta-feira mostrará que a queda de braço entre separatistas catalães e o governo espanhol vai continuar a ser um dos grandes assuntos de 2018

ORIOL JUNQUERAS: Representante da Esquerda Republicana Catalã pode assumir o comando da região espanhola, caso consiga sair da prisão; ele é acusado de rebelião contra as autoridades / Javier Barbancho/Reuters (Javier Barbancho/Reuters)
EH

EXAME Hoje

Publicado em 4 de janeiro de 2018 às 06h22.

Última atualização em 4 de janeiro de 2018 às 07h28.

A quinta-feira mostrará que a queda de braço entre separatistas catalães e o governo espanhol vai continuar a ser um dos grandes assuntos de 2018. O Supremo Tribunal espanhol decide hoje se acata o recurso do ex-vice-presidente da Catalunha, Oriol Junqueras, contra a prisão provisória e sem fiança em que se encontra desde o dia 2 de novembro. O político, que militou pela independência catalã, é acusado de crimes como sedição e malversação. Caso ele consiga a liberdade, poderá assumir o comando da região.

Junqueras é o líder da Esquerda Republicana Catalã, o segundo partido mais votado dentro da coalizão pró-independência nas eleições realizadas em 21 de dezembro. O partido mais votado foi o Juntos pela Catalunha, do ex-presidente da região, Carles Puigdemont, mas ele segue no exílio em Bruxelas, para evitar a prisão.

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Os independentistas venceram as eleições, garantindo a maioria absoluta no parlamento catalão, mas estão na mira do governo espanhol, que colocou na mira aqueles que se insuflaram contra a soberania do estado. Apesar de os líderes da coalizão ainda não saberem quem assumirá o governo da região, eles organizaram uma manifestação antes do julgamento de Junqueras em Barcelona, cidade na qual foi prefeito, para demonstrar apoio à sua soltura.

O advogado de Junqueras já afirmou à imprensa espanhola que, caso o político não consiga a liberdade, há a possibilidade de pedir a transferência para um presídio dentro da Catalunha para que o parlamentar eleito possa exercer suas funções, ainda que não completamente. A posse do novo parlamento está marcada para o dia 17 de janeiro e, no dia 31, deverá ocorrer o último debate antes de o novo líder da casa ser escolhido — dentre aqueles que estiverem lá para ocupar a cadeira.

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