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Líbia criará novo Exército no qual rebeldes serão integrados

General do Conselho Nacional de Transição garantiu que os soldados estarão em breve nas ruas para garantir a segurança no país

Os rebeldes farão parte do exército líbio (Filippo Monteforte/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de setembro de 2011 às 16h52.

Trípoli - As unidades militares sublevadas e as forças rebeldes se unirão para criar um novo Exército Nacional líbio cuja missão será garantir a segurança do país, anunciou nesta sexta-feira o general Omar al Hariri, integrante da equipe de crise do Conselho Nacional de Transição (CNT).

Em entrevista coletiva concedida no hotel Radisson, em Trípoli, o militar pediu paciência aos líbios e prometeu que "em um breve espaço de tempo" haverá novos soldados profissionais nas ruas.

"Não existe diferença alguma entre as forças rebeldes e o Exército Nacional. Grande parte do Exército esteve com os rebeldes desde o princípio. Todos lutaram no mesmo grupo e agora seguirão unidos", afirmou o general.

"O objetivo agora é criar um novo Exército Nacional com todas as forças para garantir a segurança do país, a constituição da democracia e o respeito dos direitos humanos da nova Líbia", acrescentou.

Al Hariri disse também que o antigo homem forte da Líbia, Muammar Kadafi, debilitou o Exército Nacional criando diferentes unidades para sua própria defesa e para a defesa de sua família e marginalizando outras, em particular as do leste do país.

"Estou aqui para dizer-lhes que o Exército Nacional existe e muito em breve estará outra vez em todas as ruas do país", declarou o militar, que, no entanto, admitiu que, apesar da grande quantidade de voluntários de todas as idades que se somaram à revolta, as novas Forças Armadas líbias carecem ainda do nível de profissionalismo necessário.

"Precisamos de tempo. Já não somos um país de 60 anos, somos um país de zero anos que tem que crescer. Nos últimos seis meses, veio muita gente, e trabalhamos para formá-los e em muito pouco tempo haverá novos soldados na rua", afirmou.

Sobre isso, Al Hariri detalhou que nem todas as forças rebeldes serão integradas no Exército, mas que o objetivo é atrair profissionais especializados.

O general falou sobre as Forças Armadas líbias no ato de apresentação da denominada Equipe de Emergência de Crise do CNT, liderado por oito membros provenientes de diferentes cidades do país.

Segundo o comunicado lido no início da entrevista coletiva, o objetivo da equipe é facilitar as condições de segurança e a logística da futura mudança do CNT de Bengazi para Trípoli, que poderá ocorrer nas próximas semanas.

"Prometemos perante Deus que o sangue derramado de nossos mártires e a detenção de nossos presos não foram em vão. A futura líbia será constitucional, com sociedade civil e respeito à lei e aos direitos humanos", disse por sua vez o diretor da equipe, Abdul Razaq Mukhtar.

Mukhtar também pediu paciência aos líbios e tempo para normalizar suas vidas e lhes lembrou que "há apenas uma semana que a capital foi libertada".

"Estamos trabalhando e esperamos que questões como a água corrente possam ser solucionadas no tempo mais breve possível", destacou.

O diretor da equipe disse também que o CNT não cessará em sua batalha até que toda a Líbia seja libertada: "Não descansaremos até que nossa bandeira ondeie em todos os cantos".

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Trípoli - As unidades militares sublevadas e as forças rebeldes se unirão para criar um novo Exército Nacional líbio cuja missão será garantir a segurança do país, anunciou nesta sexta-feira o general Omar al Hariri, integrante da equipe de crise do Conselho Nacional de Transição (CNT).

Em entrevista coletiva concedida no hotel Radisson, em Trípoli, o militar pediu paciência aos líbios e prometeu que "em um breve espaço de tempo" haverá novos soldados profissionais nas ruas.

"Não existe diferença alguma entre as forças rebeldes e o Exército Nacional. Grande parte do Exército esteve com os rebeldes desde o princípio. Todos lutaram no mesmo grupo e agora seguirão unidos", afirmou o general.

"O objetivo agora é criar um novo Exército Nacional com todas as forças para garantir a segurança do país, a constituição da democracia e o respeito dos direitos humanos da nova Líbia", acrescentou.

Al Hariri disse também que o antigo homem forte da Líbia, Muammar Kadafi, debilitou o Exército Nacional criando diferentes unidades para sua própria defesa e para a defesa de sua família e marginalizando outras, em particular as do leste do país.

"Estou aqui para dizer-lhes que o Exército Nacional existe e muito em breve estará outra vez em todas as ruas do país", declarou o militar, que, no entanto, admitiu que, apesar da grande quantidade de voluntários de todas as idades que se somaram à revolta, as novas Forças Armadas líbias carecem ainda do nível de profissionalismo necessário.

"Precisamos de tempo. Já não somos um país de 60 anos, somos um país de zero anos que tem que crescer. Nos últimos seis meses, veio muita gente, e trabalhamos para formá-los e em muito pouco tempo haverá novos soldados na rua", afirmou.

Sobre isso, Al Hariri detalhou que nem todas as forças rebeldes serão integradas no Exército, mas que o objetivo é atrair profissionais especializados.

O general falou sobre as Forças Armadas líbias no ato de apresentação da denominada Equipe de Emergência de Crise do CNT, liderado por oito membros provenientes de diferentes cidades do país.

Segundo o comunicado lido no início da entrevista coletiva, o objetivo da equipe é facilitar as condições de segurança e a logística da futura mudança do CNT de Bengazi para Trípoli, que poderá ocorrer nas próximas semanas.

"Prometemos perante Deus que o sangue derramado de nossos mártires e a detenção de nossos presos não foram em vão. A futura líbia será constitucional, com sociedade civil e respeito à lei e aos direitos humanos", disse por sua vez o diretor da equipe, Abdul Razaq Mukhtar.

Mukhtar também pediu paciência aos líbios e tempo para normalizar suas vidas e lhes lembrou que "há apenas uma semana que a capital foi libertada".

"Estamos trabalhando e esperamos que questões como a água corrente possam ser solucionadas no tempo mais breve possível", destacou.

O diretor da equipe disse também que o CNT não cessará em sua batalha até que toda a Líbia seja libertada: "Não descansaremos até que nossa bandeira ondeie em todos os cantos".

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