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Libertação de terrorista iraquiana é antigo desejo jihadista

O EI exigiu no dia 24 de janeiro, por meio do refém japonês Kenji Goto, a libertação da terrorista iraquiana Sayida al Rishawi em troca de jornalista capturado

Estado Islâmico: grupo voltou a pôr liberdade de Sayida al Rishawi sobre a mesa de negociações (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 28 de janeiro de 2015 às 15h31.

Cairo - A libertação da terrorista iraquiana Sayida al Rishawi, presa na Jordânia desde 2005 por participar do atentado mais sangrento da história recente do país, é uma velha exigência jihadista, que o grupo Estado Islâmico (EI) voltou a pôr sobre a mesa de negociações.

Em 9 de novembro de 2005, Rishawi e seu marido, também de nacionalidade iraquiana, entraram com um cinto de explosivos no Hotel Radisson SAS, em Amã, com a intenção de matar o maior número possível de pessoas.

Segundo a confissão de Rishawi, que em 2007 foi condenada à morte na forca, seu marido detonou a carga que levava encostada ao corpo, mas ela foi incapaz de ativar o mecanismo de seu cinto explosivo.

O atentado, ao lado de mais dois cometidos simultaneamente por outros dois suicidas em hotéis da capital jordaniana, causaram a morte de 60 civis e deixaram 90 feridos.

O ataque foi reivindicado pelo braço da Al Qaeda no Iraque, dirigida então pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqawi.

Rishawi, que tinha 35 anos quando foi detida, declarou-se "inocente" durante o julgamento, no qual seus advogados solicitaram sem sucesso uma "verificação das condições mentais e psicológicas" da acusada.

O EI exigiu no dia 24 de janeiro, por meio do refém japonês Kenji Goto, a libertação da terrorista em troca do jornalista capturado.

A exigência foi renovada ontem em um áudio no qual os jihadistas davam um ultimato de 24 horas para a libertação da presa iraquiana, caso contrário o japonês e o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, também sob poder do EI, seriam assassinados.

O governo jordaniano disse hoje que "está disposto" a libertar a terrorista iraquiana se o EI soltar o piloto jordaniano.

Antes do EI, no entanto, outros grupos jihadistas já tentaram trocar Rishawi por reféns.

Em dezembro de 2005, poucos meses depois da terrorista ser detida, um grupo radical iraquiano chamado "Brigada dos Falcões" pediu sua libertação em troca do motorista da embaixada jordaniana em Bagdá, Mahmoud Suleiman Saidat.

No final, o motorista jordaniano recuperou a liberdade sem que as autoridades jordanianas entregassem a terrorista.

Em 2007, na Palestina, se repetiu um cenário similar quando o "Exército do Islã", um grupo islamita radical vinculado à Al Qaeda, sequestrou o jornalista britânico Alan Johnston, mantido quase quatro meses como refém.

O grupo também pediu a libertação de Rishawi, assim como de outros dois terroristas, como condição para soltar Johnston, que finalmente foi solto sem que a mulher saísse da prisão.

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Cairo - A libertação da terrorista iraquiana Sayida al Rishawi, presa na Jordânia desde 2005 por participar do atentado mais sangrento da história recente do país, é uma velha exigência jihadista, que o grupo Estado Islâmico (EI) voltou a pôr sobre a mesa de negociações.

Em 9 de novembro de 2005, Rishawi e seu marido, também de nacionalidade iraquiana, entraram com um cinto de explosivos no Hotel Radisson SAS, em Amã, com a intenção de matar o maior número possível de pessoas.

Segundo a confissão de Rishawi, que em 2007 foi condenada à morte na forca, seu marido detonou a carga que levava encostada ao corpo, mas ela foi incapaz de ativar o mecanismo de seu cinto explosivo.

O atentado, ao lado de mais dois cometidos simultaneamente por outros dois suicidas em hotéis da capital jordaniana, causaram a morte de 60 civis e deixaram 90 feridos.

O ataque foi reivindicado pelo braço da Al Qaeda no Iraque, dirigida então pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqawi.

Rishawi, que tinha 35 anos quando foi detida, declarou-se "inocente" durante o julgamento, no qual seus advogados solicitaram sem sucesso uma "verificação das condições mentais e psicológicas" da acusada.

O EI exigiu no dia 24 de janeiro, por meio do refém japonês Kenji Goto, a libertação da terrorista em troca do jornalista capturado.

A exigência foi renovada ontem em um áudio no qual os jihadistas davam um ultimato de 24 horas para a libertação da presa iraquiana, caso contrário o japonês e o piloto jordaniano Moaz Kasasbeh, também sob poder do EI, seriam assassinados.

O governo jordaniano disse hoje que "está disposto" a libertar a terrorista iraquiana se o EI soltar o piloto jordaniano.

Antes do EI, no entanto, outros grupos jihadistas já tentaram trocar Rishawi por reféns.

Em dezembro de 2005, poucos meses depois da terrorista ser detida, um grupo radical iraquiano chamado "Brigada dos Falcões" pediu sua libertação em troca do motorista da embaixada jordaniana em Bagdá, Mahmoud Suleiman Saidat.

No final, o motorista jordaniano recuperou a liberdade sem que as autoridades jordanianas entregassem a terrorista.

Em 2007, na Palestina, se repetiu um cenário similar quando o "Exército do Islã", um grupo islamita radical vinculado à Al Qaeda, sequestrou o jornalista britânico Alan Johnston, mantido quase quatro meses como refém.

O grupo também pediu a libertação de Rishawi, assim como de outros dois terroristas, como condição para soltar Johnston, que finalmente foi solto sem que a mulher saísse da prisão.

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