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Lavrov diz que Rússia não planeja enviar tropas para Ucrânia

O ministro das Relações Exteriores da Rússia disse que seu país não tem intenção de enviar tropas para a Ucrânia


	Soldados tidos como russos: não temos intenção de enviar destacamento, disse ministro
 (Baz Ratner/Reuters)

Soldados tidos como russos: não temos intenção de enviar destacamento, disse ministro (Baz Ratner/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2014 às 11h00.

Moscou - O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou nesta quarta-feira que a Rússia não tem intenção de enviar tropas para a Ucrânia.

"Não temos nenhuma intenção de enviar nenhum destacamento a lugar algum", disse Lavrov em entrevista à agência Bloomberg, divulgada pela emissora "Rossiya 24", sobre a possibilidade de tropas russas serem destacadas no sudeste da Ucrânia.

Os habitantes russófonos do sudeste ucraniano se sublevaram contra o governo de Kiev e duas regiões, Lugansk e Donetsk, proclamaram nesta segunda-feira sua independência.

Lavrov afirmou na entrevista que a Rússia é contra uma possível incorporação da Ucrânia à Otan.

Três ex-repúblicas soviéticas e boa parte dos antigos países da cortina de ferro ingressaram na Aliança.

"As tentativas de incorporar a Ucrânia serão negativas para todo o sistema de segurança da Europa e estamos categoricamente contra. Aqui não há nada o que ocultar", disse.

"Esta é uma questão que afeta não só aos ucranianos e a Otan, mas também à Rússia", justificou.

Lavrov denunciou que a Rússia tem "sérias suspeitas" de que as informações sobre a presença de mercenários americanos na Ucrânia podem ser verdadeiras.

Sobre os habitantes russófonos do sudeste rebelde da Ucrânia, o chefe da diplomacia russa disse que eles não querem ser chamados de "pró-Rússia nem pró-Estados Unidos, querem ser chamados ucranianos".

"Quando você espera que te tratem como um igual e te tratam como um lixo, como a uma fera, ou te ignoram completamente, como fizeram as autoridades de Kiev nos últimos dois ou outros meses, então entendo o povo quer chamar a atenção sobre seus problemas", argumentou.

"Respeitamos os resultados dos referendos" de independência realizados nas regiões de Donetsk e Lugansk, acrescentou.

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