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Kosovo toma medidas para evitar alistamento dos cidadãos ao EI

Segundo dados oficiais kosovares, cerca de 40 combatentes kosovares foram lutar com o EI nos últimos anos

EI: as tensões não vão chegar a conflitos bélicos como os que terminaram com a intervenção da Otan no Kosovo em 1999 (Khalid al Mousily/Reuters)
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EFE

Publicado em 22 de fevereiro de 2017 às 13h31.

Zagreb - O Kosovo tomou medidas para evitar que cidadãos kosovares se alistem ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI), afirmou o ministro das Relações Exteriores do país, Enver Hoxhaj, à agência croata "Hina".

"No Kosovo, tomamos uma série de medidas, em nível de legislação, educação, mídia, escolas, família e comunidades islâmicas, e acredito que dentro de dois ou três anos não haverá mais problemas", disse Hoxhaj em entrevista publicada hoje pela citada agência.

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O ministro afirmou que desde o Kosovo, que era considerado uma base de recrutamento de jihadistas, já praticamente ninguém vai aos campos de combate do EI na Síria ou Iraque.

Segundo dados oficiais kosovares, cerca de 40 combatentes kosovares foram lutar com o EI nos últimos anos, um número muito inferior aos cerca de 300 calculados por diversos veículos de imprensa ocidentais.

O chefe da diplomacia kosovar, que na segunda-feira realizou uma visita oficial à Croácia, considerou que a ameaça do terrorismo global seguirá presente nos próximos anos.

"Não se deve ser ingênuo, para derrotar o 'Estado Islâmico' serão necessários ainda entre cinco e dez anos", estimou.

Por outro lado, se mostrou partidário que as KFOR, a missão da Otan no Kosovo, permaneçam em seu país, perante as ameaças do terrorismo e as tensões com Belgrado, que conta com o apoio da Rússia, país que qualificou de "maior inimigo do Ocidente".

"A Sérvia trata, ao estilo russo, de criar sua zona de influência na região, demonstrando sua força (...) no Kosovo através da população sérvia no norte", avaliou.

O ministro também acusou Belgrado de causar problemas com outros países dos Bálcãs, inclusive a Croácia.

Hoxhaj opinou, no entanto, que as tensões não vão chegar a conflitos bélicos como os que terminaram com a intervenção da Otan no Kosovo em 1999 e a chegada das KFOR.

O Kosovo, ex-província da Sérvia povoada por uma arrasadora maioria de cidadãos de origem albanesa, proclamou unilateralmente sua independência em 2008, que foi reconhecida por mais de cem países, mas não Belgrado e outros países como Rússia.

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