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Kofi Annan recebe primeira resposta da Síria

Em declaração por escrito divulgada em Genebra, o porta-voz de Annan confirmou que o ex-secretário geral da ONU 'recebeu uma resposta das autoridades sírias'

Os grupos de oposição sírios receberam com reserva a proposta do ex-secretário geral da ONU para iniciar um diálogo amplo que inclua as autoridades sírias (Sia Kambou/AFP)
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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2012 às 13h37.

Genebra - O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, recebeu a primeira resposta do governo de Damasco sobre as propostas que apresentou, informou nesta quarta-feira seu porta-voz, que destacou que 'o tempo urge', por causa da situação 'grave e trágica' nesse país.

Em declaração por escrito divulgada em Genebra, o porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, confirmou que o ex-secretário geral da ONU 'recebeu uma resposta das autoridades sírias', 'fez perguntas e espera respostas', sem, no entanto, entrar em detalhes sobre o fato.

Annan se reuniu no final de semana em duas ocasiões com o presidente sírio, Bashar Al Assad, e outros altos funcionários de seu governo, aos quais apresentou propostas concretas para o fim da crise, centradas em uma suspensão imediata da violência, a entrega da ajuda humanitária para a população e um diálogo entre as partes do conflito.

Em declarações à Agência Efe, Fawzi se recusou a dar detalhes sobre as perguntas feitas por Annan e pediu compreensão ao explicar que se trata de 'uma negociação muito sensível' e que, por esta razão, não podia dar mais informações.

'É preciso ter paciência e esperar a evolução da situação, mas queremos que as mortes acabem o mais rápido possível', disse.


O porta-voz reconheceu que muitas hipóteses circulam, mas que o importante é compreender que 'não se pode permitir que essa crise se prolongue de uma forma interminável'. 'Os sírios merecem algo muito melhor do que isso', afirmou.

Depois de se reunir com as autoridades sírias em Damasco, Annan manteve encontros na Turquia com o principal grupo da oposição, o Conselho Nacional Sírio (CNS).

Os grupos de oposição sírios receberam com reserva a proposta do ex-secretário geral da ONU para iniciar um diálogo amplo que inclua as autoridades sírias.

Pouco depois da visita de Annan à Síria, a comissão encarregada pela ONU de investigar as violações aos direitos humanos no país apoiou em Genebra sua gestão e indicou que uma intervenção militar externa não é uma opção para acabar com a crise síria.

O presidente dessa comissão, o brasileiro Sérgio Pinheiro, afirmou que não vê outra solução a não ser o diálogo e uma saída negociada para a violência, que já deixou mais de 8 mil mortos em um ano na Síria.

As forças leais a Assad recuperaram em uma operação militar nesta quarta o controle total da cidade de Idlib, no norte do país, após a retirada das forças rebeldes, como ocorreu anteriormente no bairro de Baba Amr, na província de Homs.

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Genebra - O enviado especial da ONU e da Liga Árabe para a Síria, Kofi Annan, recebeu a primeira resposta do governo de Damasco sobre as propostas que apresentou, informou nesta quarta-feira seu porta-voz, que destacou que 'o tempo urge', por causa da situação 'grave e trágica' nesse país.

Em declaração por escrito divulgada em Genebra, o porta-voz de Annan, Ahmad Fawzi, confirmou que o ex-secretário geral da ONU 'recebeu uma resposta das autoridades sírias', 'fez perguntas e espera respostas', sem, no entanto, entrar em detalhes sobre o fato.

Annan se reuniu no final de semana em duas ocasiões com o presidente sírio, Bashar Al Assad, e outros altos funcionários de seu governo, aos quais apresentou propostas concretas para o fim da crise, centradas em uma suspensão imediata da violência, a entrega da ajuda humanitária para a população e um diálogo entre as partes do conflito.

Em declarações à Agência Efe, Fawzi se recusou a dar detalhes sobre as perguntas feitas por Annan e pediu compreensão ao explicar que se trata de 'uma negociação muito sensível' e que, por esta razão, não podia dar mais informações.

'É preciso ter paciência e esperar a evolução da situação, mas queremos que as mortes acabem o mais rápido possível', disse.


O porta-voz reconheceu que muitas hipóteses circulam, mas que o importante é compreender que 'não se pode permitir que essa crise se prolongue de uma forma interminável'. 'Os sírios merecem algo muito melhor do que isso', afirmou.

Depois de se reunir com as autoridades sírias em Damasco, Annan manteve encontros na Turquia com o principal grupo da oposição, o Conselho Nacional Sírio (CNS).

Os grupos de oposição sírios receberam com reserva a proposta do ex-secretário geral da ONU para iniciar um diálogo amplo que inclua as autoridades sírias.

Pouco depois da visita de Annan à Síria, a comissão encarregada pela ONU de investigar as violações aos direitos humanos no país apoiou em Genebra sua gestão e indicou que uma intervenção militar externa não é uma opção para acabar com a crise síria.

O presidente dessa comissão, o brasileiro Sérgio Pinheiro, afirmou que não vê outra solução a não ser o diálogo e uma saída negociada para a violência, que já deixou mais de 8 mil mortos em um ano na Síria.

As forças leais a Assad recuperaram em uma operação militar nesta quarta o controle total da cidade de Idlib, no norte do país, após a retirada das forças rebeldes, como ocorreu anteriormente no bairro de Baba Amr, na província de Homs.

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