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Kerry volta a Israel para negociações de paz

Netanyahu, entretanto, expressou pessimismo sobre a perspectiva de um tratado de paz com os palestinos

Secretário de Estado dos EUA, John Kerry, durante conferência de imprensa antes de uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em Jerusalém (Brendan Smialowski/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 2 de janeiro de 2014 às 16h53.

Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou pessimismo sobre a perspectiva de um tratado de paz com os palestinos nesta quinta-feira, quando o secretário de Estado norte-americano, John Kerry , iniciava sua décima visita à região em busca de um acordo.

"Há dúvidas cada vez maiores em Israel sobre se os palestinos estão comprometidos com a paz", disse Netanyahu, em declarações ao lado de Kerry. Ele acusou as autoridades palestinas de orquestrarem uma campanha "inabalável" de incitamento contra Israel.

Nos dias que precederam a última visita de Kerry a Jerusalém, líderes palestinos igualmente acusaram Israel de tentar sabotar as conversações, cujo objetivo é pôr fim a décadas de conflito .

Kerry concentrou seus comentários nos esforços dos EUA para um acordo final de paz, que o governo norte-americano espera alcançar até abril, e na sua busca no curto prazo de um pacto sobre as linhas básicas que abririam caminho para um acordo permanente.

Ele disse que líderes israelenses e palestinos estavam se aproximando desse ponto, ou quase -- momento em que deverão ser tomadas decisões duras -- e se comprometeu a trabalhar mais intensamente com ambos os lados para tentar reduzir as diferenças para a estrutura básica de um tratado de paz.

As linhas gerais para tal acordo teriam de enfocar questões importantes como as fronteiras de um futuro Estado palestino, segurança, refugiados palestinos e o status de Jerusalém, disse Kerry.

"Criaria os parâmetros fixos, definidos, pelos quais as partes saberiam para onde teriam de se nortear e qual seria o resultado final", afirmou. "Isso levará tempo e vai requerer concessões de ambos os lados, mas uma estrutura básica pactuada seria um avanço significativo." Os líderes palestinos e israelenses demonstraram distância nesta semana das questões básicas do conflito.

O vice-ministro de Relações Exteriores de Israel, Zeev Elink, rejeitou nesta quinta-feira a criação de um Estado Palestino com base na fronteira anterior à Guerra dos Seis Dias, de 1967, na qual Israel capturou e ocupou a Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia.

Na terça-feira, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, renovou o pedido de que todos os colonos e soldados israelenses que estão dentro dos territórios ocupados em 1967 se retirem, dizendo que não hesitará em rejeitar um mau acordo.

Kerry disse nesta quinta-feira que não pretende impor as ideias dos EUA, mas "facilitar os esforços próprios das partes".

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Jerusalém - O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, expressou pessimismo sobre a perspectiva de um tratado de paz com os palestinos nesta quinta-feira, quando o secretário de Estado norte-americano, John Kerry , iniciava sua décima visita à região em busca de um acordo.

"Há dúvidas cada vez maiores em Israel sobre se os palestinos estão comprometidos com a paz", disse Netanyahu, em declarações ao lado de Kerry. Ele acusou as autoridades palestinas de orquestrarem uma campanha "inabalável" de incitamento contra Israel.

Nos dias que precederam a última visita de Kerry a Jerusalém, líderes palestinos igualmente acusaram Israel de tentar sabotar as conversações, cujo objetivo é pôr fim a décadas de conflito .

Kerry concentrou seus comentários nos esforços dos EUA para um acordo final de paz, que o governo norte-americano espera alcançar até abril, e na sua busca no curto prazo de um pacto sobre as linhas básicas que abririam caminho para um acordo permanente.

Ele disse que líderes israelenses e palestinos estavam se aproximando desse ponto, ou quase -- momento em que deverão ser tomadas decisões duras -- e se comprometeu a trabalhar mais intensamente com ambos os lados para tentar reduzir as diferenças para a estrutura básica de um tratado de paz.

As linhas gerais para tal acordo teriam de enfocar questões importantes como as fronteiras de um futuro Estado palestino, segurança, refugiados palestinos e o status de Jerusalém, disse Kerry.

"Criaria os parâmetros fixos, definidos, pelos quais as partes saberiam para onde teriam de se nortear e qual seria o resultado final", afirmou. "Isso levará tempo e vai requerer concessões de ambos os lados, mas uma estrutura básica pactuada seria um avanço significativo." Os líderes palestinos e israelenses demonstraram distância nesta semana das questões básicas do conflito.

O vice-ministro de Relações Exteriores de Israel, Zeev Elink, rejeitou nesta quinta-feira a criação de um Estado Palestino com base na fronteira anterior à Guerra dos Seis Dias, de 1967, na qual Israel capturou e ocupou a Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental e a Cisjordânia.

Na terça-feira, o presidente palestino, Mahmoud Abbas, renovou o pedido de que todos os colonos e soldados israelenses que estão dentro dos territórios ocupados em 1967 se retirem, dizendo que não hesitará em rejeitar um mau acordo.

Kerry disse nesta quinta-feira que não pretende impor as ideias dos EUA, mas "facilitar os esforços próprios das partes".

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