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Ken Bone, um anônimo que virou celebridade após debate

Bone fazia parte de um grupo de eleitores indecisos, escolhidos para fazer perguntas aos candidatos durante o debate na Universidade Washington

Ken Bone: este eleitor virou uma celebridade do dia para a noite (Jim Bourg / Reuters)
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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2016 às 19h48.

Suéter vermelho, óculos de armação grossa e bigode são sucesso de vendas como fantasia de Halloween, uma demonstração de que o outrora anônimo Ken Bone se tornou o herói dos americanos cansados de uma campanha presidencial marcada pela baixaria.

Este eleitor virou uma celebridade do dia para a noite, após fazer uma pergunta sobre a política energética dos candidatos no segundo debate, celebrado no domingo, interrompendo o virulento combate pessoal travado entre o republicano Donald Trump e a democrata Hillary Clinton.

Bone fazia parte de um grupo de eleitores indecisos, escolhidos para fazer perguntas aos candidatos durante o debate na Universidade Washington, em St. Louis (Misssouri, sul).

A pergunta que ele fez não foi desinteressada: ele trabalha em uma usina de carvão e queria saber como cada um dos candidatos manteria postos de trabalho de gente como ele e, ao mesmo tempo, proteger o meio ambiente.

Mas foi sobretudo seu físico robusto e seu tom calmo e educado que tiveram o efeito de um bálsamo para as dezenas de milhões de espectadores que assistiam à uma hora e meia de uma azeda troca de acusações entre Hillary e Trump.

Em poucos minutos, o pai de família de St. Louis se transformou em 'meme' nas redes sociais, personagem de matérias de jornal e personalidade convidada em 'talkshows'.

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Seus súbitos seguidores se autodenominam "Boneheads", um jogo de palavras com seu sobrenome, mas que também significa "estúpido" em inglês.

Se isto o incomoda? "É genial. Este é o apelido que dei à minha família há anos", retrucou no programa do comediante Jimmy Kimmel.

https://youtube.com/watch?v=rqchRR1tZvc

E como explica sua repentina notoriedade?

"Acho que é porque sou o típico representante do Meio Oeste", declarou ao Washington Post, em alusão ao imenso território central dos Estados Unidos, associado no imaginário popular a pessoas bondosas e de senso comum.

"Tento ser um cara amigável, dou a mão, sorrio, tudo isso. E o fato de me verem sendo o cara simpático em meio a um debate verdadeiramente desagradável e decisivo, acho que teve um impacto em muita gente", acrescentou.

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