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Kadafi se sente traído pela ONU e abandonado pelo Ocidente

"Minha gente me ama e morreria para me proteger" declarou o ditador em entrevista para emissora de TV americana

Muammar Kadafi insiste que seu governo combate terroristas (Divulgação/Casa Branca)
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Da Redação

Publicado em 28 de fevereiro de 2011 às 16h54.

Washington - O líder líbio, Muammar Kadafi, disse nesta segunda-feira que se sente "traído" pela Organização das Nações Unidas (ONU) e "surpreendido" porque o Ocidente o "abandonou" em sua luta contra os "terroristas", e que seus partidários, pelo contrário, estão dispostos a morrer por ele.

"Minha gente me ama e morreria para me proteger", assinalou em entrevista concedida a Christiane Amanpour, da emissora americana "ABC".

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Amanpour descreveu em sua conta do Twitter que durante a entrevista, na qual também participaram repórteres da "BBC" e do jornal "The Times" de Londres, Kadafi "rejeitou reconhecer as manifestações nas ruas de Trípoli".

Além disso, Kadafi culpou a Al Qaeda pela revolta popular na Líbia.

"Estou surpreso que tenhamos uma aliança com Ocidente para combater à Al Qaeda e agora que estamos lutando contra terroristas, nos abandonam", disse Kadafi, segundo uma prévia da entrevista publicada no site da "ABC".

"Talvez o que querem é ocupar a Líbia", acrescentou o líder líbio, que está há mais de 41 anos no poder.

Além disso, qualificou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como "uma boa pessoa", mas que talvez tenha "informações equivocadas".

Kadafi afirmou também sentir-se "traído" pelas Nações Unidas.

A entrevista será emitida nesta segunda-feira na emissora "ABC" no programa "World News With Diane Sawyer", às 20h30 do horário de Brasília.

Amanpour já conseguiu entrevistar no mês de fevereiro o ex-presidente egípcio Hosni Mubarak, após ter sido derrubado por uma rebelião popular.

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