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Justiça volta a proibir reativação de usina nuclear japonesa

Tribunal do distrito de Fukui publicou hoje uma decisão que impede a Kansai Eletric Power de reiniciar os reatores 3 e 4 de sua usina em Takahama


	Membro da Tokyo Electric Power mede nível de radiação na plataforma de Fukushima
 (Kimimasa Mayama/AFP)

Membro da Tokyo Electric Power mede nível de radiação na plataforma de Fukushima (Kimimasa Mayama/AFP)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2015 às 10h23.

Tóquio - Um tribunal japonês decidiu nesta terça-feira proibir a reativação de uma usina nuclear, a segunda vez que um veredito deste tipo é emitido no país desde o acidente em Fukushima em 2011.

O tribunal do distrito de Fukui, no oeste do Japão, publicou hoje uma decisão que impede a Kansai Eletric Power de reiniciar os reatores 3 e 4 de sua usina em Takahama, apesar de a companhia ter implantando os novos padrões de segurança impostos pela Autoridade de Regulação Nuclear (NRA).

A Justiça deu razão a nove cidadãos das cidades de Fukui, Kyoto e Osaka, todas próximas à usina, que processaram a companhia em dezembro dE 2014, por considerarem que empresa ignora o perigo real de um terremoto na região provocar um grave acidente.

A ordem judicial, com efeito imediato, dificulta o objetivo da Kansai Eletric, que anunciou sua intenção de recorrer, de reativar os reatores de Takahama ainda neste ano.

Depois de a NRA considerar em fevereiro que os dois reatores estão de acordo com a nova legislação de segurança, a companhia tinha a previsão de retomar as operações comerciais em novembro.

A decisão de hoje foi tomada pelo juiz Hideaki Higuchi, que em maio de 2014 já tinha proibido a reativação da usina de Oi, também operada pela Kansai Eletric.

As duas unidades estão no distrito de Fukui, que segue abrigando o maior número de reatores em condições de operação no país - oito -, além de outros três que serão desmantelados após 40 anos de funcionamento. Todos os 43 reatores nucleares do Japão estão desativados por causa do acidente de Fukushima.

No entanto, a previsão é que duas usinas que receberam o sinal verde da NRA comecem a gerar eletricidade de novo no segundo semestre, apesar da forte oposição da opinião pública japonesa.

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