Logo da Fifa: dois dos três juízes que avaliaram o pedido rejeitaram o recurso apresentado pelos empresários (FABRICE COFFRINI/AFP)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2015 às 17h21.
Buenos Aires - A Justiça da Argentina negou nesta terça-feira um pedido de habeas corpus dos empresários argentinos Hugo e Mariano Jinkis, foragidos desde que foram acusados pelos Estados Unidos de envolvimento no escândalo de corrupção da Fifa.
Fontes da Câmara Nacional de Apelações disseram à Agência Efe que dois dos três juízes que avaliaram o pedido rejeitaram o recurso apresentado pelos empresários.
Eles são acusados pela Justiça americana de "integrar uma quadrilha destinada a cobrar propina para comercializar a publicidade de campeonatos da Fifa".
Os advogados Francisco Castex e Juan José Sforza tinham afirmado na semana passada que seus clientes não irão se entregar porque consideram que "têm direito de enfrentar o processo de extradição para os EUA em liberdade".
Hugo Jinkis e seu filho Mariano são donos da Full Play Group, empresa que tem os direitos de transmissão das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 e a Copa América de 2015, que está em andamento no Chile.
Eles são acusados pelos EUA de pagar propinas a funcionários da Fifa e federações nacionais ligadas à entidade máxima do futebol. Além disso, a Receita Federal da Argentina denunciou os Jinkis por "evasão tributária, formação de quadrilha fiscal e lavagem de dinheiro".
Outro argentino envolvido no caso de corrupção na Fifa é Alejando Burzaco, proprietário da Torneos y Competencias. Ele se entregou há uma semana na Itália e está em prisão domiciliar na cidade de Bolzano, enquanto espera seu processo de extradição aos EUA.