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Justiça do Peru ordena prisão de governador por caso Odebrecht

O governador da região de Callao, Félix Moreno, deverá cumprir prisão preventiva por 18 meses, acusado de receber subornos da Odebrecht

Odebrecht no Peru: Conglomerado brasileiro teria pago 4 milhões de dólares ao governador para ganhar licitação (Mariana Bazo/Reuters)
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Reuters

Publicado em 9 de abril de 2017 às 15h36.

Lima - A justiça do Peru ordenou a prisão preventiva por 18 meses do governador da região de Callao, por alegações de que teria recebido subornos do conglomerado brasileiro Odebrecht para vencer uma licitação pública.

Félix Moreno, governador da região de Callao, está sendo acusado de ter recebido quatro milhões de dólares para que a Odebrecht vencesse em 2014 um contrato para construir uma estrada de apenas 5 quilômetros na costa central do país.

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Após 12 horas de audiência, o juiz Ricardo Manrique concluiu na noite de sábado que há indícios suficientes de que Moreno cometeu o crime de lavagem de dinheiro e tráfico de influências.

O advogado do governador regional, José Luis Castillo, disse que apelará da decisão do juiz por considera-la arbitrária.

A tese da acusação é que Moreno havia dado a instrução de que parte do suborno se destinaria ao pagamento da assessoria de campanha eleitoral para sua reeleição em 2014, que ficou a cargo do publicitário Luis Favre.

Moreno e Favre negam ter recebido dinheiro da Odebrecht, que reconheceu pagamentos de 29 milhões de dólares em subornos para conquistar obras públicas no Peru entre 2005 e 2014, período que compreende o governo dos ex-presidentes Alejandro Toledo, Alan García e Ollanta Humala.

As investigações incluem o ex-presidente Garcia pelo caso de corrupção na construção do metrô de Lima, enquanto pesa contra Toledo um mandado de prisão com objetivo de extraditá-lo aos Estados Unidos por ser acusado de receber propina em uma obra pública.

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