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Justiça diz haver certeza legal da morte de estudantes

A procuradoria mexicana disse que já há a certeza legal de que os 43 estudantes desaparecidos desde setembro foram assassinados por pistoleiros

Milhares de pessoas participam de marcha pela Cidade do México pelo desaparecimento dos 43 estudantes (Ronaldo Schemidt/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 21h06.

México - A procuradoria mexicana anunciou que já há a "certeza legal" de que os 43 estudantes desaparecidos em setembro passado em Guerrero (sul) foram assassinados por pistoleiros do narcotráfico .

A investigação, que inclui confissões de quase uma centena de detidos e elementos materiais, nos dá "a certeza legal de que os normalistas (estudantes) foram mortos nas circunstâncias descritas", disse, em coletiva de imprensa, o procurador-geral, Jesús Murillo Karam.

Os depoimentos da quase centena de detidos, os elementos materiais e as perícias "nos permitiram fazer uma análise lógica causal e chegar, sem sombra de dúvidas, a concluir que os estudantes foram privados da liberdade, privados da vida, incinerados e jogados no rio San Juan, nesta ordem. É a verdade histórica", afirmou Murillo Karam.

Até agora, a procuradoria considerava os jovens como desaparecidos, depois que em 26 de setembro foram vítimas de um brutal ataque a tiros de policiais corruptos da cidade de Iguala (Guerrero) e depois entregá-los a pistoleiros do cartel Guerreros Unidos.

Os pais das vítimas, que na segunda-feira lideraram uma marcha com milhares de pessoas na Cidade do México, se negam a acreditar na reconstrução que a justiça fez da trágica noite e temem que o governo pretenda encerrar o caso que chocou o México e a comunidade internacional.

Por enquanto, os legistas só identificaram os restos mortais de um dos estudantes e familiares mantêm as esperanças de que os outros 42 continuem vivos.

A promotoria tampouco tinha manifestado até agora a certeza sobre a motivação do suposto massacre.

Nesta terça-feira, seus encarregados disseram que "a confissão" do pistoleiro Felipe Rodríguez, conhecido como 'El Cepillo', um dos supostos autores da chacina, detido em 15 de janeiro, corroborou a hipótese de que os estudantes foram apontados como membros de Los Rojos, um bando rival dos Guerreros Unidos.

"Consolida-se a motivação consistente em que os estudantes foram apontados pelos delinquentes como membros do grupo antagônico ao crime organizado na região. Esta foi a razão pela qual os privaram de liberdade em um primeiro momento e, finalmente, da vida", disse Tomás Zerón, diretor-chefe da Agência de Investigações Criminais.

Nós "não pudemos determinar que (os estudantes) tenham sido parte de nenhum grupo criminoso. Penso que foi ao contrário", reforçou Murillo Karam.

O procurador antecipou que foram solicitadas penas de até 140 anos de prisão para 'El Cepillo' e outros responsáveis pelo crime.

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México - A procuradoria mexicana anunciou que já há a "certeza legal" de que os 43 estudantes desaparecidos em setembro passado em Guerrero (sul) foram assassinados por pistoleiros do narcotráfico .

A investigação, que inclui confissões de quase uma centena de detidos e elementos materiais, nos dá "a certeza legal de que os normalistas (estudantes) foram mortos nas circunstâncias descritas", disse, em coletiva de imprensa, o procurador-geral, Jesús Murillo Karam.

Os depoimentos da quase centena de detidos, os elementos materiais e as perícias "nos permitiram fazer uma análise lógica causal e chegar, sem sombra de dúvidas, a concluir que os estudantes foram privados da liberdade, privados da vida, incinerados e jogados no rio San Juan, nesta ordem. É a verdade histórica", afirmou Murillo Karam.

Até agora, a procuradoria considerava os jovens como desaparecidos, depois que em 26 de setembro foram vítimas de um brutal ataque a tiros de policiais corruptos da cidade de Iguala (Guerrero) e depois entregá-los a pistoleiros do cartel Guerreros Unidos.

Os pais das vítimas, que na segunda-feira lideraram uma marcha com milhares de pessoas na Cidade do México, se negam a acreditar na reconstrução que a justiça fez da trágica noite e temem que o governo pretenda encerrar o caso que chocou o México e a comunidade internacional.

Por enquanto, os legistas só identificaram os restos mortais de um dos estudantes e familiares mantêm as esperanças de que os outros 42 continuem vivos.

A promotoria tampouco tinha manifestado até agora a certeza sobre a motivação do suposto massacre.

Nesta terça-feira, seus encarregados disseram que "a confissão" do pistoleiro Felipe Rodríguez, conhecido como 'El Cepillo', um dos supostos autores da chacina, detido em 15 de janeiro, corroborou a hipótese de que os estudantes foram apontados como membros de Los Rojos, um bando rival dos Guerreros Unidos.

"Consolida-se a motivação consistente em que os estudantes foram apontados pelos delinquentes como membros do grupo antagônico ao crime organizado na região. Esta foi a razão pela qual os privaram de liberdade em um primeiro momento e, finalmente, da vida", disse Tomás Zerón, diretor-chefe da Agência de Investigações Criminais.

Nós "não pudemos determinar que (os estudantes) tenham sido parte de nenhum grupo criminoso. Penso que foi ao contrário", reforçou Murillo Karam.

O procurador antecipou que foram solicitadas penas de até 140 anos de prisão para 'El Cepillo' e outros responsáveis pelo crime.

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