Justiça avalia pedido de Trump para indeferir caso de documentos oficiais desviados da Casa Branca
Audiência sobre o caso ocorrerá em Fort Pierce, na Flórida
Agência de notícias
Publicado em 22 de maio de 2024 às 17h09.
Última atualização em 22 de maio de 2024 às 19h15.
Uma juíza da Flórida, Estados Unidos, realizará, nesta quarta-feira, 22, uma audiência para avaliar o novo pedido do ex-presidente Donald Trump para indeferir o caso sobre sua suposta gestão indevida de documentos sigilosos, depois de sua saída da Casa Branca.
A audiência ocorrerá em Fort Pierce, na Flórida, perante a juíza Aileen Cannos, que já adiou o julgamento de Trump sobre o caso por tempo indeterminado.
O magnata, que pretende voltar à Casa Branca nas eleições de novembro, é acusado de guardar arquivos secretos — entre eles registros do Pentágono e da Agência de Segurança Nacional —, sem permissão especial, em sua casa de praia na Flórida, além de obstruir nos esforços oficiais para recuperá-los.
Trump e seu ajudante pessoal, Walt Nauta, também acusado no caso, apresentaram moções respectivas à Justiça para descartar o processo.
Em 2023, o ex-presidente declarou não ser culpado das acusações de retenção ilegal de informação de defesa nacional, conspiração para obstruir a Justiça e declarações falsas.
A tentativa é a mais recente de sua defesa para que Trump tenha retiradas as acusações neste caso. O ex-presidente, que está sendo julgado por falsificação de registros contábeis em um tribunal de Nova York, não é esperado na audiência desta quarta, na Flórida.
Esta é a primeira audiência desde que, no início de maio, a juíza adiou indefinidamente o início do julgamento. O processo deveria ter começado no dia 20 de maio, mas Cannon disse que não seria possível devido ao alto nível de moções apresentadas no tribunal.
O adiamento representou um revés para o promotor Jack Smith, que apresentou as acusações contra Trump, e dificulta que o julgamento ocorra antes das eleições, em menos de seis meses.
Os advogados de Trump têm tentado de todos os meios adiar os diversos processos judiciais contra o ex-presidente para depois das eleições. Se ele vencer o pleito, existe a possibilidade de que as acusações federais sejam retiradas.
Além dos casos de Nova York e Flórida, Trump também é acusado em Washington e Geórgia de tentativa de reverter os resultados das eleições de 2020, nas quais foi derrotado pelo democrata e atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden — a quem ele voltará a enfrentar em novembro.