Um juiz rejeitou nesta quarta-feira, 31, uma ação apresentada pela Disney contra o governador da Flórida, Ron DeSantis, a quem a companhia acusava de "vingança" política por retirar dela a gestão da área onde fica seu parque de atrações perto de Orlando, neste estado do sudeste dos Estados Unidos.
O ex-candidato republicano à presidência e a gigante do entretenimento entraram em
rota de colisão em 2022, quando a Disney criticou uma lei promovida pelo governador que proíbe o ensino de assuntos relacionados com a orientação sexual e a identidade de gênero em escolas da Flórida.
Como represália por essas críticas, DeSantis designou uma junta para dirigir o distrito especial concedido para a Disney nos anos 1960, em seu parque de atrações, que a companhia gerenciava como um governo local.
O juiz federal Allen Winsor, do distrito norte da Flórida, rejeitou o processo apresentado pela Disney contra DeSantis, o Departamento de Comércio estadual e os membros da junta alegando que a empresa carece de "fundamento" jurídico para levá-los à Justiça.
Em sua ação, a Disney garantia que "uma campanha seletiva de vingança governamental" colocava em perigo o seu futuro econômico na Flórida, onde emprega mais de 75.000 pessoas.
O embate entre Disney e Ron DeSantis
No centro da disputa está um acordo aprovado nos anos 1960 que permitia à companhia gerir o distrito onde fica o parque Disney World, nos arredores de Orlando.
DeSantis pôs fim a esse autogoverno depois que a Disney criticou uma lei impulsionada por ele que proíbe o ensino de assuntos relacionados com a orientação sexual e a identidade de gênero em escolas da Flórida.
Desde então, a empresa e o político seguem num intenso embate jurídico.
Com AFP.