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Juiz que processou Trump por pagamentos a Stormy Daniels lerá a sentença no próximo dia 10

O juiz ordena que o acusado compareça “pessoalmente ou virtualmente” para ouvir a sentença, mas já antecipa que esta não incluirá pena de prisão

Donald Trump voltará à Casa Branca em 20 de janeiro de 2025 e promete série de medidas no 1º dia (Jabin Botsford/The Washington Post/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 4 de janeiro de 2025 às 08h31.

O juiz Juan Merchan, que processou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump , por pagamentos irregulares à atriz pornô Stormy Daniels – acusações pelas quais foi considerado culpado em maio do ano passado – lerá a sentença no próximo dia 10, apenas dez dias antes de sua posse para seu segundo mandato presidencial.

Assim, Merchan rejeita o pedido da defesa de Trump para arquivar o caso, formulado em uma carta de 4 de dezembro e na qual defendia que a decisão do Supremo Tribunal que concede imunidade aos presidentes dos EUA deveria ser aplicada a Trump ou que considere que o seus direitos de um presidente eleito são, para estes efeitos, semelhantes aos de um presidente em exercício.

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O porta-voz de Trump, Steven Cheung, disse em um comunicado que a ordem de Merchan “na caça às bruxas do Ministério Público de Manhattan é uma violação direta da decisão de imunidade da Suprema Corte e de outra jurisprudência de longa data”.

Cheung enfatizou que “o presidente Trump deve ter permissão para continuar o processo de transição presidencial e cumprir os deveres vitais da presidência sem ser obstruído pelos resquícios deste (caso) ou por quaisquer resquícios da caça às bruxas”.

“Este caso sem lei nunca deveria ter sido apresentado e a Constituição exige que seja arquivado imediatamente”, destacou, acrescentando que o republicano “continuará combatendo estas fraudes até que todos morram”.

Merchan ordena que o acusado compareça “pessoalmente ou virtualmente” no próximo dia 10, às 9h30 (horário local, 11h30 de Brasília), para ouvir a sentença, mas já antecipa que esta não incluirá pena de prisão.

“Parece oportuno nesta conjuntura dar a conhecer a inclinação desta Corte em não impor pena de prisão, pena autorizada pela sua culpa, mas que o Ministério Público já não vê como recomendação prática”, argumenta o juiz nas suas considerações.

Acrescenta que há “preocupações com a doutrina da imunidade presidencial”, referindo-se ao principal argumento da defesa.

O jornal "The Washington Post" escreve que esta sentença fará história porque será a primeira vez que um presidente condenado por um crime grave assumirá o cargo mais alto da nação.

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