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Juiz encerra investigação de processo contra Cristina Kirchner

Caso acusava a ex-presidente de fraude ao Estado através da venda de contratos futuros de dólar pelo Banco Central

Cristina Kirchner: ela havia manifestado vontade de ser julgada o quanto antes para "acelerar o processo" (Rolex dela Pena/Pool/Reuters)
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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 13h49.

Buenos Aires - O juiz argentino Claudio Bonadio deu por concluída nesta quarta-feira a investigação do caso que acusava à ex-presidente Cristina Kirchner por suposta fraude ao Estado através da venda de contratos futuros de dólar pelo Banco Central e a enviou ao promotor para que ele decida sobre o julgamento.

Segundo explicou à agência pública de notícias "Télam", agora Eduardo Taiano deverá decidir se pede que a causa, pela qual também foram indiciados outros ex-funcionários do Executivo de Cristina, passe ou não a debate oral e público.

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Em meados do mês passado, a ex-chefe de Estado manifestou vontade de ser julgada o quanto antes para "acelerar o processo", "deixar à Justiça em uma posição ridícula e demonstrar que é uma perseguição", pois é "inocente", disse então à Agência Efe Gregorio Dalbón, a cargo das causas civis de Cristina.

Em 29 de novembro, ela se apresentou à Justiça para registrar as impressões digitais e realizar outros trâmites da investigação por irregularidades em operações do Banco Central durante seu governo.

Essa passagem pelos tribunais representou o passo prévio para elevar a julgamento oral o expediente, que afeta 15 acusados e começou por uma denúncia feita em 2015 por legisladores do então opositor e atual governante Mudemos.

A investigação aponta que, da diferença entre o preço pactuado e o do mercado da venda de dólares a futuro, foram registradas perdas milionárias para a entidade bancária.

Bonadio ditou essa sentença em maio, assim como o bloqueio de seus bens em 15 milhões de pesos (pouco mais de R$ 3 milhões), ao considerar que nessas operações houve "administração infiel em prejuízo da administração pública".

Ambas as medidas foram apeladas pela ex-presidente e demais envolvidos, mas a Câmara Federal de Buenos Aires as ratificou em 11 de novembro.

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