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Juiz argentino pedirá dados por denúncia de chefe de inteligência

A denúncia se baseia no fato de operador envolvido no caso de propinas da Odebrecht ter declarado que transferiu dinheiro para Arribas em 2013

Argentina: o juiz vai pedir ao Brasil uma cópia da declaração judicial do operador, de acordo com a agência de notícias oficial (Getty Images)
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Reuters

Publicado em 7 de fevereiro de 2017 às 22h53.

Buenos Aires - Um juiz federal da Argentina ordenou a solicitação de informações do Brasil e da Suíça para uma investigação sobre o chefe da agência de inteligência local, que recentemente foi acusado de ter recebido transferências suspeitas de um dos condenados na Lava Jato , informou nesta terça-feira a agência estatal Télam.

A denúncia, realizada há duas semanas por uma aliada do governo, se baseia no fato de um operador envolvido no caso de propinas da construtora Odebrecht ter declarado no Brasil que transferiu centenas de milhares de dólares para Gustavo Arribas em 2013, quando não era funcionário da agência e vivia em São Paulo.

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Arribas argumentou que o valor recebido é menor do que o relatado e que corresponde a uma parte do pagamento de um imóvel vendido no Brasil. Mas o juiz Rodolfo Canicoba Corral ordenou o avanço na investigação.

"O despacho que enviará para a Suíça tem por objetivo conhecer os movimentos bancários que ocorreram entre 25 e 27 de setembro de 2013, na conta que Arribas tem no banco Credit Suisse", disse a Télam, citando fontes judiciais.

Por sua vez, o juiz vai pedir ao Brasil uma cópia da declaração judicial do operador, de acordo com a agência de notícias oficial.

Consultado pela Reuters, o gabinete do juiz se recusou a comentar o caso. Uma assessora de imprensa da Odebrecht no Brasil não respondeu imediatamente a um pedido de informações.

A Odebrecht está no centro de um enorme escândalo por corromper autoridades de vários países na região.

A empresa pagou e gerou subornos de mais de 35 milhões de dólares na Argentina entre 2007 e 2014, de acordo com documento de um tribunal norte-americano revelado em dezembro.

O caso poderia prejudicar a imagem do presidente de centro-direita, Mauricio Macri, que ganhou a eleição em 2015 prometendo acabar com a corrupção.

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