Jovens se manifestam em Assunção contra o abuso sexual
O protesto faz parte do Dia Nacional de Luta Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado no dia 31 de maio no Paraguai
Da Redação
Publicado em 30 de maio de 2015 às 16h29.
Assunção -- Mais de uma centena de crianças e adolescentes paraguaios, acompanhados por organizações de proteção à infância, se manifestaram neste sábado no centro de Assunção contra a exploração e o abuso sexual de menores, que já atingiu 421 crianças somente em 2015.
Em um colorido desfile, com a participação de grupos de música, palhaços e equilibristas, meninos e meninas reivindicaram o fim dos abusos sexuais e a proteção efetiva de seu "direito a ser criança".
"Meu corpo é meu! Não abusem dele!", gritavam as crianças e adolescentes, que pediam uma maior resposta do Estado perante os casos de abusos.
Durante a caminhada pela Rua Palma, no centro da capital do país, os manifestantes realizaram várias paradas e em uma delas se amordaçaram de forma simbólica para representar "o silêncio da sociedade" perante os casos de violência sexual.
Um grupo de atores exibiu cartazes com o número 686, o total de partos de meninas com idades entre 10 e 14 anos registrados em 2014 no Paraguai, e considerados resultados de abuso sexual.
"Nenhuma menina deveria ser mãe", dizia um dos cartazes, enquanto outras mensagens questionavam as penas impostas aos autores desses crimes e exigiam o endurecimento das punições.
"A inação do Estado perante os altos índices de abuso, tráfico e exploração sexual de menores é uma violação sistemática a seus direitos", afirmou à Agência Efe Cintia Ezcurra, uma das porta-vozes do Movimento contra a Violência Sexual de Meninas, Meninos e Adolescentes, organização responsável pela convocação da passeata.
A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado no dia 31 de maio no Paraguai. A data é alusiva ao caso de uma menina de 11 anos abusada e encontrada morta na cidade de Yaguarón em 2004.
Os casos de violência sexual contra crianças ganharam a atenção da imprensa em abril deste ano após ser revelada a história de uma menina de 10 anos grávida de quase seis meses após ser estuprada pelo padrasto.
De acordo com Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as denúncias de abuso a menores no país passaram de 788 em 2005 para 2.298 em 2010. Além disso, aproximadamente, 45 mil crianças paraguaias trabalham como empregadas domésticas em troca de comida e alojamento, denunciou a Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013.
Assunção -- Mais de uma centena de crianças e adolescentes paraguaios, acompanhados por organizações de proteção à infância, se manifestaram neste sábado no centro de Assunção contra a exploração e o abuso sexual de menores, que já atingiu 421 crianças somente em 2015.
Em um colorido desfile, com a participação de grupos de música, palhaços e equilibristas, meninos e meninas reivindicaram o fim dos abusos sexuais e a proteção efetiva de seu "direito a ser criança".
"Meu corpo é meu! Não abusem dele!", gritavam as crianças e adolescentes, que pediam uma maior resposta do Estado perante os casos de abusos.
Durante a caminhada pela Rua Palma, no centro da capital do país, os manifestantes realizaram várias paradas e em uma delas se amordaçaram de forma simbólica para representar "o silêncio da sociedade" perante os casos de violência sexual.
Um grupo de atores exibiu cartazes com o número 686, o total de partos de meninas com idades entre 10 e 14 anos registrados em 2014 no Paraguai, e considerados resultados de abuso sexual.
"Nenhuma menina deveria ser mãe", dizia um dos cartazes, enquanto outras mensagens questionavam as penas impostas aos autores desses crimes e exigiam o endurecimento das punições.
"A inação do Estado perante os altos índices de abuso, tráfico e exploração sexual de menores é uma violação sistemática a seus direitos", afirmou à Agência Efe Cintia Ezcurra, uma das porta-vozes do Movimento contra a Violência Sexual de Meninas, Meninos e Adolescentes, organização responsável pela convocação da passeata.
A manifestação faz parte do Dia Nacional de Luta Contra o Abuso e a Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, lembrado no dia 31 de maio no Paraguai. A data é alusiva ao caso de uma menina de 11 anos abusada e encontrada morta na cidade de Yaguarón em 2004.
Os casos de violência sexual contra crianças ganharam a atenção da imprensa em abril deste ano após ser revelada a história de uma menina de 10 anos grávida de quase seis meses após ser estuprada pelo padrasto.
De acordo com Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), as denúncias de abuso a menores no país passaram de 788 em 2005 para 2.298 em 2010. Além disso, aproximadamente, 45 mil crianças paraguaias trabalham como empregadas domésticas em troca de comida e alojamento, denunciou a Organização das Nações Unidas (ONU) em 2013.