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Jornalistas são presos e torturados na Líbia

Profissionais da BBC e do Estadão foram detidos por partidários do ditador Muammar Kadafi, na Líbia

Estadão informou ter perdido contato com o jornalista Andrei Netto, que está preso por forças de Kadafi na Líbia (Getty Images)

Estadão informou ter perdido contato com o jornalista Andrei Netto, que está preso por forças de Kadafi na Líbia (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 10 de março de 2011 às 08h05.

Brasília – Três jornalistas da rede britânica de notícias BBC foram presos e torturados por forças leais ao presidente da Líbia, Muammar Kadafi, quando tentavam entrar em Zawiya, no Oeste do país, para cobrir os confrontos na cidade. O jornal O Estado de S. Paulo informou ter perdido contato com o jornalista Andrei Netto, que estava na região de conflito na Líbia, e que obteve informações que ele também está detido no país.

O comando do jornal pediu o apoio do Ministério das Relações Exteriores e da Embaixada do Brasil na Líbia para localizar Andrei Netto. De acordo com interlocutores da empresa, o objetivo é retirar o profissional da Líbia onde está desde fevereiro, quando começaram os conflitos no país.

No caso dos jornalistas da BBC, a empresa informou que os três profissionais foram encapuzados, algemados e agredidos por integrantes do Exército líbio e da polícia secreta. Os profissionais também foram ameaçados de morte e submetidos a torturas que os faziam crer que seriam executados.

Na última segunda-feira (7) os jornalistas Chris Cobb-Smith, Goktay Koraltan e Feras Killani foram presos e ficaram 21 horas, depois foram soltos e já deixaram o país. Eles contaram que durante todo o tempo ouviam os gritos de outros prisioneiros sendo torturados. Localizada a 50 quilômetros de Trípoli, Zawiya vem sendo palco de violentos confrontos entre forças leais a Khadafi e oposicionistas.

Em fevereiro, os jornalistas Corban Costa, da Rádio Nacional, e Gilvan Alves, da TV Brasil, foram presos, tiveram os olhos vendados e os equipamentos e documentos apreendidos no Egito enquanto estavam no país para a cobertura da crise causada pela pressão para a saída do então presidente Hosni Mubarak. Os profissionais foram liberados e receberam determinação de voltar para o Brasil.

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