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Jorna diz que 99% das informações de Snowden estão guardadas

The Guardian ventilou documentos que põem em evidência um sistema de espionagem em massa por parte da NSA e a colaboração entre ela e a inteligência britânica

 Edward Snowden: Rusbridger afirmou que 850 mil pessoas no mundo todo tinham acesso às bases de dados das quais Snowden obteve os documentos que revelou à imprensa (Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2013 às 16h01.

Londres - O diretor do jornal britânico "The Guardian", Alan Rusbridger, afirmou nesta terça-feira perante uma comissão parlamentar que 99% das informações secretas que o ex-analista da NSA Edward Snowden filtrou ainda não foram publicadas.

No marco de uma investigação sobre o papel dos serviços secretos no Reino Unido, o Comitê de Assuntos Internos do Parlamento de Westminster interrogou Rusbridger acerca da publicação desses documentos e sobre as acusações por parte do Governo britânico de que o jornal colocou a segurança nacional em risco.

O "The Guardian", que Rusbridger dirige desde 1995, ventilou desde junho documentos que põem em evidência um sistema de espionagem em massa por parte da Agência de Segurança Nacional Americana ( NSA) e a colaboração entre ela e a inteligência britânica.

Rusbridger, de 59 anos, afirmou que a publicação dos documentos do ex-espião americano é uma "história em curso" para seu jornal, por isso que recusou revelar onde se encontram guardadas as informações que ainda não não foi publicada.

O diretor do jornal detalhou, no entanto, que um dos arquivos com informação filtrada por Snowden o "The Guardian" compartilha com o "New York Times" e se encontra em Nova York, e lembrou, além disso, que o ex-analista de inteligência entregou também documentos ao "Washington Post" e aos cidadãos americanos Glenn Greenwald e Laura Poitras.

"Alguns desses documentos não estão sob nosso controle", afirmou Rusbridger, que ressaltou que os documentos em poder do "The Guardian" se encontram em um local "seguro".


Rusbridger afirmou, além disso, que 850 mil pessoas no mundo todo tinham acesso às bases de dados das quais Snowden, asilado na Rússia com uma permissão temporária, obteve os documentos que revelou à imprensa.

Sobre as declarações de Andrew Parker, chefe do MI5 (serviço de espionagem interior britânico), que acusou o "The Guardian" de ter entregue um "presente" aos inimigos do Reino Unido, Rusbridger sustentou que essas recriminações são "vagas" e que não se referem a "nenhuma informação concretamente".

"Há alguns países, e geralmente não se trata de sistemas democráticos, nos quais a imprensa não é livre para escrever sobre estes temas e nos quais os serviços secretos dizem aos diretores de jornais o que devem escrever", assinalou Rusbridger.

"Esse não é o país no qual vivemos, o Reino Unido", disse o diretor de "The Guardian", que ressaltou que seu periódico "não utilizou um só nome" nas notícias que publicou para não colocar em risco a segurança de agentes de inteligência.

Rusbridger assinalou que um alto funcionário do Governo britânico entrou em contato com ele para pedir que destruísse a informação de Snowden e que diversos deputados pediram que seja iniciado um processo judicial contra ele, atitudes que considera "tentativas deliberadas de intimidação".

Em agosto, o jornalista revelou que agentes do chamado centro de escutas britânico (GCHQ) se apresentaram nos escritórios do jornal para destruir um disco rígido que continha material confidencial entregue por Snowden, apesar de ressaltar que antes dessa visita tinha tirado uma cópia desse material.

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Londres - O diretor do jornal britânico "The Guardian", Alan Rusbridger, afirmou nesta terça-feira perante uma comissão parlamentar que 99% das informações secretas que o ex-analista da NSA Edward Snowden filtrou ainda não foram publicadas.

No marco de uma investigação sobre o papel dos serviços secretos no Reino Unido, o Comitê de Assuntos Internos do Parlamento de Westminster interrogou Rusbridger acerca da publicação desses documentos e sobre as acusações por parte do Governo britânico de que o jornal colocou a segurança nacional em risco.

O "The Guardian", que Rusbridger dirige desde 1995, ventilou desde junho documentos que põem em evidência um sistema de espionagem em massa por parte da Agência de Segurança Nacional Americana ( NSA) e a colaboração entre ela e a inteligência britânica.

Rusbridger, de 59 anos, afirmou que a publicação dos documentos do ex-espião americano é uma "história em curso" para seu jornal, por isso que recusou revelar onde se encontram guardadas as informações que ainda não não foi publicada.

O diretor do jornal detalhou, no entanto, que um dos arquivos com informação filtrada por Snowden o "The Guardian" compartilha com o "New York Times" e se encontra em Nova York, e lembrou, além disso, que o ex-analista de inteligência entregou também documentos ao "Washington Post" e aos cidadãos americanos Glenn Greenwald e Laura Poitras.

"Alguns desses documentos não estão sob nosso controle", afirmou Rusbridger, que ressaltou que os documentos em poder do "The Guardian" se encontram em um local "seguro".


Rusbridger afirmou, além disso, que 850 mil pessoas no mundo todo tinham acesso às bases de dados das quais Snowden, asilado na Rússia com uma permissão temporária, obteve os documentos que revelou à imprensa.

Sobre as declarações de Andrew Parker, chefe do MI5 (serviço de espionagem interior britânico), que acusou o "The Guardian" de ter entregue um "presente" aos inimigos do Reino Unido, Rusbridger sustentou que essas recriminações são "vagas" e que não se referem a "nenhuma informação concretamente".

"Há alguns países, e geralmente não se trata de sistemas democráticos, nos quais a imprensa não é livre para escrever sobre estes temas e nos quais os serviços secretos dizem aos diretores de jornais o que devem escrever", assinalou Rusbridger.

"Esse não é o país no qual vivemos, o Reino Unido", disse o diretor de "The Guardian", que ressaltou que seu periódico "não utilizou um só nome" nas notícias que publicou para não colocar em risco a segurança de agentes de inteligência.

Rusbridger assinalou que um alto funcionário do Governo britânico entrou em contato com ele para pedir que destruísse a informação de Snowden e que diversos deputados pediram que seja iniciado um processo judicial contra ele, atitudes que considera "tentativas deliberadas de intimidação".

Em agosto, o jornalista revelou que agentes do chamado centro de escutas britânico (GCHQ) se apresentaram nos escritórios do jornal para destruir um disco rígido que continha material confidencial entregue por Snowden, apesar de ressaltar que antes dessa visita tinha tirado uma cópia desse material.

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