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Jihadistas planejaram atentados em boates e festivais na Catalunha

Os terroristas se inspiraram no massacre da casa de shows Bataclan em Paris, em novembro de 2015, e pesquisaram os nomes das principais boates da Catalunha

Os locais destinados ao público LGBT da cidade de Sitges também foram alvo dos terroristas (Juan Medina/Reuters)
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EFE

Publicado em 7 de agosto de 2018 às 14h05.

Madri - O grupo jihadista que matou 15 pessoas e deixou mais de cem feridos no dia 17 de agosto de 2017 nas cidades de Barcelona e Cambrils tinha como alvos algumas boates da região da Catalunha , por serem exemplo do modo de vida ocidental que distrai os muçulmanos de suas "verdadeiras ocupações".

Essa é a conclusão do relatório policial incluído no sumário dos atentados, que nesta terça-feir teve o sigilo judicial suspenso.

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O documento se baseia na análise do conteúdo de um telefone celular encontrado nos destroços da casa desabitada onde os terroristas projetaram os atentados.

Segundo o relatório, os terroristas se inspiraram no massacre da casa de shows Bataclan em Paris, em novembro de 2015, na qual morreram 89 pessoas que assistiam a um show. Os jihadistas pesquisaram na internet o nome das principais boates da Catalunha, assim como os grandes festivais de música da região.

Entre as boates que aparecem nas buscas está Pacha, uma das mais movimentadas e conhecidas internacionalmente, e a casa de espetáculos eróticos Bagdad, que, segundo o documento da polícia, representa "um exemplo de lugar contrário à virtude e à moral segundo o ideal jihadista".

Os locais destinados ao público LGBT da cidade de Sitges, ao sudoeste de Barcelona, também foram alvo dos terroristas e "estariam plenamente na linha das diretrizes" do Estado Islâmico, de acordo com o relatório.

Os investigadores encontraram mais de 43 buscas na internet sobre o templo da Sagrada Família, um dos monumentos mais emblemáticos e visitados da capital catalã, além do Camp Nou, o estádio do Barcelona.

Os terroristas pesquisaram informações sobre mesquitas xiitas em Madri e Barcelona, sobre líderes jihadistas e sobre o processo de fabricação e conservação de explosivos.

O relatório conclui que com o estudo das buscas na Internet foram obtidos "indícios claros" sobre a seleção tanto de alvos como de métodos para atentar, assim como uma "busca ativa de conteúdo de natureza jihadista" e do aluguel de veículos de diferentes tipos.

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