Jihadistas mataram 40% dos jornalistas assassinados em 2015
Os dados, incluídos em um relatório de uma ONG, indicam que Síria e França foram os países onde mais jornalistas morreram em 2015
Da Redação
Publicado em 29 de dezembro de 2015 às 11h30.
Nova York - Quase metade dos jornalistas assassinados em 2015 no exercício da profissão, 28 de um total de 69, foi morta por grupos terroristas como Al Qaeda e Estado Islâmico (EI), informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) nesta terça-feira.
Os dados, incluídos em um relatório desta organização com sede em Nova York, indicam que Síria e França foram os países onde mais jornalistas morreram em 2015, com 13 e nove vítimas, respectivamente.
O relatório inclui os mortos em ataques em represália pelo trabalho e em zonas de fogo cruzado ou por outras tarefas perigosas.
A Síria lidera esta lista mais uma vez (como em 2012, 2013 e 2014), embora o CPJ tenha destacado que o número de repórteres mortos neste ano é muito mais baixo que nos anos anteriores, reflexo do pouco número de jornalistas que continuam a trabalhar no país.
"Os principais meios de comunicação já não enviam delegações de jornalistas à Síria e os profissionais locais fogem das zonas de conflito ou optam pelo exílio", destacou o relatório.
A França, por sua vez, ocupou a segunda posição por causa do atentado em janeiro em Paris contra os profissionais da revista satírica Charlie Hebdo, onde oito jornalistas foram assassinados por supostos membros da Al Qaeda.
O relatório destacou que, ao contrário dos últimos três anos, em 2015 os jornalistas assassinados estão muito distribuídos entre vários países.
Pelo menos cinco morreram no Iraque, no Brasil, em Bangladesh, no Sudão do Sul e no Iêmen.
Os 69 assassinados registrados neste ano, até 23 de dezembro, quando a apuração foi encerrada, superaram os 61 casos de 2014, mas o CPJ continua a investigar outras 24 mortes para tentar saber se estiveram vinculadas ao exercício da profissão.
Um terço dos repórteres foi assassinado por grupos criminosos, como narcotraficantes, ou funcionários públicos ligados ao crime organizado e à corrupção.
Entre eles, o CPJ destacou o assassinato do locutor radiofônico brasileiro Gleydson Carvalho, morto a tiros enquanto dirigia seu programa de rádio.
Ele era muito crítico à polícia local e aos políticos brasileiros, e havia feito diversas acusações de corrupção contra eles.
Só no Brasil neste ano morreram seis jornalistas, o número mais elevado no país desde que o CPJ começou a realizar este relatório anual, em 1992.
A pesquisa concluiu que 17 jornalistas ao redor do mundo morreram em fogo cruzado, e disse que a carreira de jornalista audiovisual é a mais perigosa, com 25 assassinatos em 2015.
A cobertura de conflitos armados, a investigação de práticas corruptas da classepolítica e a denúncia de violações dos direitos humanos foram os principais motivos pelos quais foram assassinados, segundo o comitê.
O CPJ define como jornalista as pessoas que divulgam notícias ou emitem comentários sobre assuntos de interesse para a sociedade em meios impressos, fotos, rádio, televisão e internet; e só reúne casos em que os jornalistas morreram por causa de seu trabalho informativo.
A organização também investiga jornalistas desaparecidos e reféns, mas não pôde confirmar se estes morreram por causa de seu trabalho.
"Muitos jornalistas que trabalham em zonas bélicas costumam estar filiados e simpáticos a uma das partes do conflito, complicando o trabalho do comitê de determinar os motivos por trás de suas mortes", lembrou o CPJ.
Nova York - Quase metade dos jornalistas assassinados em 2015 no exercício da profissão, 28 de um total de 69, foi morta por grupos terroristas como Al Qaeda e Estado Islâmico (EI), informou o Comitê para a Proteção dos Jornalistas (CPJ) nesta terça-feira.
Os dados, incluídos em um relatório desta organização com sede em Nova York, indicam que Síria e França foram os países onde mais jornalistas morreram em 2015, com 13 e nove vítimas, respectivamente.
O relatório inclui os mortos em ataques em represália pelo trabalho e em zonas de fogo cruzado ou por outras tarefas perigosas.
A Síria lidera esta lista mais uma vez (como em 2012, 2013 e 2014), embora o CPJ tenha destacado que o número de repórteres mortos neste ano é muito mais baixo que nos anos anteriores, reflexo do pouco número de jornalistas que continuam a trabalhar no país.
"Os principais meios de comunicação já não enviam delegações de jornalistas à Síria e os profissionais locais fogem das zonas de conflito ou optam pelo exílio", destacou o relatório.
A França, por sua vez, ocupou a segunda posição por causa do atentado em janeiro em Paris contra os profissionais da revista satírica Charlie Hebdo, onde oito jornalistas foram assassinados por supostos membros da Al Qaeda.
O relatório destacou que, ao contrário dos últimos três anos, em 2015 os jornalistas assassinados estão muito distribuídos entre vários países.
Pelo menos cinco morreram no Iraque, no Brasil, em Bangladesh, no Sudão do Sul e no Iêmen.
Os 69 assassinados registrados neste ano, até 23 de dezembro, quando a apuração foi encerrada, superaram os 61 casos de 2014, mas o CPJ continua a investigar outras 24 mortes para tentar saber se estiveram vinculadas ao exercício da profissão.
Um terço dos repórteres foi assassinado por grupos criminosos, como narcotraficantes, ou funcionários públicos ligados ao crime organizado e à corrupção.
Entre eles, o CPJ destacou o assassinato do locutor radiofônico brasileiro Gleydson Carvalho, morto a tiros enquanto dirigia seu programa de rádio.
Ele era muito crítico à polícia local e aos políticos brasileiros, e havia feito diversas acusações de corrupção contra eles.
Só no Brasil neste ano morreram seis jornalistas, o número mais elevado no país desde que o CPJ começou a realizar este relatório anual, em 1992.
A pesquisa concluiu que 17 jornalistas ao redor do mundo morreram em fogo cruzado, e disse que a carreira de jornalista audiovisual é a mais perigosa, com 25 assassinatos em 2015.
A cobertura de conflitos armados, a investigação de práticas corruptas da classepolítica e a denúncia de violações dos direitos humanos foram os principais motivos pelos quais foram assassinados, segundo o comitê.
O CPJ define como jornalista as pessoas que divulgam notícias ou emitem comentários sobre assuntos de interesse para a sociedade em meios impressos, fotos, rádio, televisão e internet; e só reúne casos em que os jornalistas morreram por causa de seu trabalho informativo.
A organização também investiga jornalistas desaparecidos e reféns, mas não pôde confirmar se estes morreram por causa de seu trabalho.
"Muitos jornalistas que trabalham em zonas bélicas costumam estar filiados e simpáticos a uma das partes do conflito, complicando o trabalho do comitê de determinar os motivos por trás de suas mortes", lembrou o CPJ.