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Japão testa resina contra radiação em Fukushima

Substância forma película que pode impedir a propagação da poeira radioativa

A resina sintética solúvel em água é usada como um supressor de poeira e é comumente usada em projetos de engenharia civil (AFP)
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Da Redação

Publicado em 1 de abril de 2011 às 22h32.

São Paulo - Uma resina especial está sendo testada para impedir que a radioatividade se espalhe nas imediações de usina nuclear Fukushima 1, no Japão, segundo o jornal japonês The Asahi Shimbun. A medida é uma das tentativas da empresa japonesa Tokyo Electric Power Co. (Tepco), que administra a instalação, de proteger o solo e o mar próximos à usina. O terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do Japão no dia 11 de março espalhou poeira e material radioativo no entorno de Fukushima 1, e seu alcance ainda é incerto.

A resina sintética solúvel em água é usada como um supressor de poeira e é comumente usada em projetos de engenharia civil. Uma vez aplicado, o material forma uma película impedindo que a poeira se espalhe por até um ano. A empresa japonesa espera que a medida evite o alastramento do material radioativo.

Um caminhão-pipa com capacidade para 2.000 litros será usado para borrifar 60.000 litros de uma solução contendo 15% da resina sintética. Em seguida, um teste de duas semanas será conduzido em várias áreas nas imediações de Fukushima 1, incluindo as piscinas de combustível nuclear do reator 4 e regiões ao norte dos reatores 5 e 6.

Água contaminada - A Tepco também está tentando lidar com o grande volume de água radioativa nos porões dos prédios onde ficam os reatores danificados. Trabalhadores tentam encontrar mais compartimentos para abrigar a água dos condensadores e das piscinas de combustível antes que todos os tanques fiquem cheios. Representantes da Tepco afirmaram que estão à procura de reservatórios nas imediações da usina, mas é possível que tenham que instalar piscinas temporárias.

Técnicos do governo estão considerando utilizar tanques vazios para armazenar a água contaminada, mas outra possibilidade seria cavar um reservatório impermeável. O local escolhido deve ficar longe da usina, porque os altos níveis de radiação tornariam ainda mais complicado o trabalha das equipes que tentam estabilizar os reatores.

Anos, não meses - O fim da crise na usina japonesa ainda parece longe. Um representante da Comissão de Segurança Nuclear do Japão disse que o resfriamento do núcleo dos reatores "não levaria meses, mas anos". Mesmo em situações onde as condições são controladas, leva-se de 20 a 30 anos para fechar e restaurar o local onde funcionou uma usina nuclear.

Níveis de radioatividade - De acordo com a Tepco, a água recolhida na quarta-feira (30), a 330 metros ao sul da usina de Fukushima 1, apresentava níveis de iodo-131 4.385 vezes maior que o nível aceitável. Água coletada no mesmo dia a 30 metros ao norte dos reatores 5 e 6 apresentou níveis 1.425 vezes maiores que o tolerável. Como a água contaminada parece estar vazando da usina continuamente, funcionários da Tepco se preparam para medir níveis de radioatividade a 15 quilômetros da costa.

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São Paulo - Uma resina especial está sendo testada para impedir que a radioatividade se espalhe nas imediações de usina nuclear Fukushima 1, no Japão, segundo o jornal japonês The Asahi Shimbun. A medida é uma das tentativas da empresa japonesa Tokyo Electric Power Co. (Tepco), que administra a instalação, de proteger o solo e o mar próximos à usina. O terremoto seguido de tsunami que atingiu o nordeste do Japão no dia 11 de março espalhou poeira e material radioativo no entorno de Fukushima 1, e seu alcance ainda é incerto.

A resina sintética solúvel em água é usada como um supressor de poeira e é comumente usada em projetos de engenharia civil. Uma vez aplicado, o material forma uma película impedindo que a poeira se espalhe por até um ano. A empresa japonesa espera que a medida evite o alastramento do material radioativo.

Um caminhão-pipa com capacidade para 2.000 litros será usado para borrifar 60.000 litros de uma solução contendo 15% da resina sintética. Em seguida, um teste de duas semanas será conduzido em várias áreas nas imediações de Fukushima 1, incluindo as piscinas de combustível nuclear do reator 4 e regiões ao norte dos reatores 5 e 6.

Água contaminada - A Tepco também está tentando lidar com o grande volume de água radioativa nos porões dos prédios onde ficam os reatores danificados. Trabalhadores tentam encontrar mais compartimentos para abrigar a água dos condensadores e das piscinas de combustível antes que todos os tanques fiquem cheios. Representantes da Tepco afirmaram que estão à procura de reservatórios nas imediações da usina, mas é possível que tenham que instalar piscinas temporárias.

Técnicos do governo estão considerando utilizar tanques vazios para armazenar a água contaminada, mas outra possibilidade seria cavar um reservatório impermeável. O local escolhido deve ficar longe da usina, porque os altos níveis de radiação tornariam ainda mais complicado o trabalha das equipes que tentam estabilizar os reatores.

Anos, não meses - O fim da crise na usina japonesa ainda parece longe. Um representante da Comissão de Segurança Nuclear do Japão disse que o resfriamento do núcleo dos reatores "não levaria meses, mas anos". Mesmo em situações onde as condições são controladas, leva-se de 20 a 30 anos para fechar e restaurar o local onde funcionou uma usina nuclear.

Níveis de radioatividade - De acordo com a Tepco, a água recolhida na quarta-feira (30), a 330 metros ao sul da usina de Fukushima 1, apresentava níveis de iodo-131 4.385 vezes maior que o nível aceitável. Água coletada no mesmo dia a 30 metros ao norte dos reatores 5 e 6 apresentou níveis 1.425 vezes maiores que o tolerável. Como a água contaminada parece estar vazando da usina continuamente, funcionários da Tepco se preparam para medir níveis de radioatividade a 15 quilômetros da costa.

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