Itamaraty diz que eleição na Venezuela aprofunda a crise política no país
O Itamaraty lamentou o governo venezuelano não tenha atendido o pedido da comunidade internacional pela realização de eleições democráticas na Venezuela
Reuters
Publicado em 21 de maio de 2018 às 10h55.
Última atualização em 21 de maio de 2018 às 15h19.
O Ministério das Relações Exteriores brasileiro afirmou nesta segunda-feira que a eleição de domingo na Venezuela careceu de legitimidade e credibilidade, e aprofunda a crise política no país ao reforçar o caráter autoritário do regime do presidente reeleito, Nicolás Maduro .
Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro "lamenta profundamente que o governo venezuelano não tenha atendido aos repetidos chamados da comunidade internacional pela realização de eleições livres, justas, transparentes e democráticas".
A chancelaria brasileira acrescentou, ainda, que o Brasil continuará atuando, inclusive na Organização dos Estados Americanos (OEA), em favor do restabelecimento da institucionalidade democrática, do estado de direito e do respeito aos direitos humanos na Venezuela.
"Também seguirá empenhado em seus esforços de mitigar os efeitos da crise humanitária que vivem os venezuelanos e acolher, de acordo com a legislação nacional e nossas obrigações internacionais, os que ingressem em território brasileiro", acrescentou.
Ao lado dos demais países do Grupo de Lima, formado por mais de uma dezena de países das Américas, o Brasil já havia condenado mais cedo a eleição venezuelana, depois que Maduro foi reeleito no domingo em uma votação polêmica e marcada por denúncias de fraudes.