Imigrantes cruzando o Mar Mediterrâneo (REUTERS/Stefano Rellandini/Reuters)
EFE
Publicado em 10 de junho de 2018 às 13h06.
Roma, 10 jun (EFE).- Um total de 1.096 imigrantes foram resgatados nos últimos dias no Mar Mediterrâneo, sendo que 467 já chegaram a portos italianos e o restante desembarcará nas próximas horas, números que representam as primeiras chegadas após a formação do novo governo que prometeu "linha dura" contra a imigração.
A guarda costeira italiana, que coordena as operações de vigilância e resgate no Mediterrâneo central, informou à Agência Efe que no último sábado foram recuperados 629 imigrantes em seis operações com lanchas da corporação, três navios mercantes e o apoio da ONG SOS Méditerranée.
Todos os imigrantes - entre eles 123 menores de idade não acompanhados, 11 deles crianças pequenas, e sete mulheres grávidas - foram transferidos a bordo do navio Aquarius da SOS Méditerranée acompanhados de integrantes da ONG Médicos sem Fronteiras, que se encontra agora a caminho de um porto italiano.
SOS Méditerranée comunicou que socorreu 229 pessoas no sábado e destacou a dificuldade de uma das operações na qual 40 imigrantes que estavam a bordo de um bote caíram no mar.
Além desses, 467 imigrantes desembarcaram ontem em portos da ilha da Sicília e na Calábria. Entre eles estavam os 232 imigrantes resgatados pela ONG alemã Sea Watch que chegaram ao porto de Reggio Calábria depois de quatro dias no mar ao receberem a recusa de desembarcar por parte das autoridades de Malta.
Essas foram as primeiras chegadas de imigrantes à Itália depois da formação de um novo governo na semana passada, que pretende "acabar com o negócio da imigração" e cujo ministro do Interior, o líder da xenofóbica Liga, Matteo Salvini, prometeu reduzir os desembarques.
"Estou trabalhando para recuperar sete anos de atrasos. Nosso objetivo é reduzir os desembarques e aumentar as expulsões. Não vamos passar outro verão com desembarques, desembarques e desembarques", disse o ministro após as chegadas de sábado.