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Itália pede que UE estabeleça política de imigração comum

Governo italiano disse aos países da União Europeia que tragédias como a de Lampedusa, que deixou mais de cem imigrantes mortos, devem ajudar a "abrir os olhos"

Sobreviventes de naufrágio em Lampedusa são resgatados: "esperamos que tragédias deste tipo abram os olhos também de outros governos", disse ministra italiana  (Nino Randazzo/ASP press office/Handout via Reuters)
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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 13h54.

Roma - O governo italiano disse aos países da União Europeia (UE) que tragédias como a ocorrida ontem na ilha de Lampedusa, que deixou mais de cem imigrantes mortos, devem ajudar a "abrir os olhos" para a necessidade do estabelecimento de uma política de imigração comunitária.

"A política de imigração por enquanto não é comunitária. Esperamos que tragédias deste tipo abram os olhos também de outros governos europeus para mudar esta política", explicou a ministra de Relações Exteriores italiana, Emma Bonino.

O ministro do Interior, Angelino Alfano, que foi até à pequena ilha siciliana, anunciou que o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, prometeu viajar em breve à Lampedusa.

"Mostraremos a ele como esta ilha é a porta de entrada da Europa", disse hoje Alfano, que acrescentou que "a Itália levantará sua voz na Europa para modificar os acordos de Dublin (Convenção de Dublin) que sobrecarrega demais os países com maior entrada de imigrantes".

Para o ministro das Infraestruturas, Maurizio Lupi, "chegou a hora da Itália se impor na Europa. Não podemos continuar a enfrentar estes problemas sozinhos. A UE tem que cooperar conosco".

Alguns deputados do Partido Democrata (PD), que faz parte da coalizão governamental, pediram ao presidente do país, Enrico Letta, que ele atue para a criação de corredores humanitários na Europa para prestar assistência aos imigrantes que chegam, assim como para estabelecer uma nova política de baseada em uma maior solidariedade por parte da UE.

A enésima tragédia na costa de Lampedusa serviu para reabrir um debate interno na Itália por causa da controversa lei sobre a imigração chamada "Bossi-Fini", aprovada em 2002 pelo governo de Silvio Berlusconi, que é mais rígida em relação à expulsão dos imigrantes ilegais e que reduziu as possibilidades de entrada no país.

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"A política de imigração por enquanto não é comunitária. Esperamos que tragédias deste tipo abram os olhos também de outros governos europeus para mudar esta política", explicou a ministra de Relações Exteriores italiana, Emma Bonino.

O ministro do Interior, Angelino Alfano, que foi até à pequena ilha siciliana, anunciou que o presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, prometeu viajar em breve à Lampedusa.

"Mostraremos a ele como esta ilha é a porta de entrada da Europa", disse hoje Alfano, que acrescentou que "a Itália levantará sua voz na Europa para modificar os acordos de Dublin (Convenção de Dublin) que sobrecarrega demais os países com maior entrada de imigrantes".

Para o ministro das Infraestruturas, Maurizio Lupi, "chegou a hora da Itália se impor na Europa. Não podemos continuar a enfrentar estes problemas sozinhos. A UE tem que cooperar conosco".

Alguns deputados do Partido Democrata (PD), que faz parte da coalizão governamental, pediram ao presidente do país, Enrico Letta, que ele atue para a criação de corredores humanitários na Europa para prestar assistência aos imigrantes que chegam, assim como para estabelecer uma nova política de baseada em uma maior solidariedade por parte da UE.

A enésima tragédia na costa de Lampedusa serviu para reabrir um debate interno na Itália por causa da controversa lei sobre a imigração chamada "Bossi-Fini", aprovada em 2002 pelo governo de Silvio Berlusconi, que é mais rígida em relação à expulsão dos imigrantes ilegais e que reduziu as possibilidades de entrada no país.

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