Itália estuda pagar 1,5 mil euros a imigrantes que retornarem a seus países
Proposta não foi bem amparada por Umberto Bossi, líder do partido federalista, membro no Governo de Silvio Berlusconi, que mostrou seu desacordo com a ideia
Da Redação
Publicado em 26 de março de 2011 às 16h53.
Roma - O ministro de Relações Exteriores italiano, Franco Frattini, propôs o pagamento de 1,5 mil e 1,7 mil euros aos imigrantes ilegais tunisianos que se encontram na Itália e que decidiram retornar de forma voluntária a seu país, informam neste sábado a imprensa italiana.
A proposta não foi bem amparada por Umberto Bossi, líder do partido federalista, membro no Governo de Silvio Berlusconi, que mostrou seu desacordo com a ideia.
"Pagar? Eu não lhes daria nada, os carregaria (em aviões e navios) e lhes levaria de volta", manifestou Bossi em declarações publicadas pelos meios de comunicação italianos.
Frattini, no entanto, precisou em declarações ao canal por satélite "SkyTg24", que o pagamento dessas quantidades poderia ser antecipada pelo Governo italiano, mas que os fundos se obteriam da União Europeia (UE).
A repatriação assistida foi uma das propostas que Frattini formulou durante a reunião mantida nesta sexta-feira com as autoridades de Tunísia.
Frattini viajou para Tunísia acompanhado de seu colega de Interior, Roberto Maroni, para estabelecer acordos para frear o grande fluxo de imigração ilegal registrado nos últimos meses do país norte-africano rumo às costas italianas.
Em uma entrevista ao jornal "Quotidiano Nazionale" publicada neste sábado, Frattini explicou que durante o encontro com as autoridades tunisianas, ele e Maroni tinham deixado claro a necessidade de repatriar os imigrantes ilegais.