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Itália enfrenta desafio de formar coalizão para evitar novas eleições

ÀS SETE - A corrida eleitoral do começo de março trouxe um cenário instável ao país, que agora precisa decidir por qual caminho político vai seguir

Itália: os líderes dos partidos mais votados estão em conflito para decidir quem vai assumir o cargo de primeiro-ministro
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Da Redação

Publicado em 5 de abril de 2018 às 06h10.

Última atualização em 5 de abril de 2018 às 07h26.

O presidente da Itália , Sergio Mattarella, se reúne nesta quinta-feira com líderes dos partidos e movimentos políticos para uma tarefa tão complicada quanto acertar o ponto do molho carbonara: decidir o futuro de seu governo para evitar que novas eleições sejam convocadas.

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O resultado das eleições, que ocorreram no início de março, não trouxe um cenário estável para o país. A aliança da direita obteve a maioria dos votos, com 37% do total de votos, com destaque para a Liga, com 17% dos votos. Mas o partido mais votado foi outro, O Movimento 5 Estrelas (M5S), que obteve 32% das cadeiras no Parlamento.

Fundado em 2009, sob a liderança do comediante Beppe Grillo, como um movimento contrário aos partidos tradicionais, o MS5 reivindica ser escolhido por Mattarella para tentar formar governo, como o partido individualmente mais votado.

O sistema italiano o presidente tem bastante autonomia para indicar quem deve articular a composição de um governo. O candidato a primeiro-ministro do M5S é Luigi Di Maio, atual vice-presidente da Câmara, com apenas 31 anos.

Na teoria, portanto, cabe ao movimento, junto com Mattarella, decidir para qual lado caminhar: o da direita, o da esquerda ou até mesmo os dois.

O primeiro cenário seria se unir com a aliança da direita, liderada pela Liga. Esta possibilidade, porém, não é a das mais certas, uma vez que o líder do partido de direita Matteo Salvini almeja ao mesmo cargo que o líder do M5s: o de primeiro-ministro italiano.

O segundo cenário é que o M5S se una ao Partido Democrático, que governava o país até há pouco, o que levaria a uma aliança ainda frágil em termos de cadeira no parlamento.

Já a terceira e mais complexa possibilidade seria a união de todos os lados. O problema, novamente, seria a união entre os líderes Salvini, Di Maio e o líder do partido Força Itália, Silvio Berlusconi. O problema é que Salvini não apoia Di Maio, que não apoia Berlusconi.

Os mais pessimistas acreditam que o país não terá um governo antes do mês de julho. Sinal de que a mistura de ovos, queijo e panceta passou do ponto. Pode ser o sinal de que é a hora de começar tudo outra vez.

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