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Itália e Unesco buscam capital privado internacional para salvar Pompeia

Acordo busca impulsionar o mecenato privado internacional a fim de restaurar e preservar a jazida arqueológica de Pompeia

Acordo prevê que a Unesco colabore com seus analistas científicos na execução do plano de preservação da Pompeia (Mario Laporta/AFP)
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Da Redação

Publicado em 29 de novembro de 2011 às 20h24.

Paris - O Ministério de Cultura italiano assinou nesta terça-feira um acordo com a Unesco para impulsionar o mecenato privado internacional a fim de restaurar e preservar a jazida arqueológica de Pompeia, depois dos danos sofridos por várias construções.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura se compromete no documento a buscar patrocinadores privados para o Projeto Extraordinário e Urgente de Restauração e Conservação de Pompeia, afirmou à Agência Efe o embaixador e conselheiro italiano dessa agência da ONU, Francesco Caruso.

O acordo, que tecnicamente será oficial nos próximos dias, também prevê que a Unesco colabore com seus analistas científicos na execução do plano de preservação da Pompeia, e que ajude a traçar um plano que supere os dez anos que contempla o projeto atual.

'Há cerca de 150 'domus' (casas) em perigo' em Pompeia, advertiu Caruso, depois que a zona arqueológica já sofreu desmoronamentos e diversos danos nos últimos dois anos.

Alguns dos casos mais famosos foram a queda em 2010 de um dos muros do pátio da Casa do Moralista e, nesse mesmo ano, o da Casa dos Gladiadores, que datava do ano 62 d.C.

Para frear a deterioração da cidade romana engolida pela cinza vulcânica depois da erupção do Vesúvio no ano 79 d.C., o novo plano conta com 105 milhões de euros provenientes de fundos da União Europeia (UE), que se somam aos 25 milhões que o Governo italiano destina anualmente à preservação do lugar.


Os impulsores do plano esperam que a esses números se somem agora os patrocinadores privados. Para isso, recorreram à associação de grandes empresas do bairro de negócios da Défense, nos arredores de Paris, que espera reunir até 10 milhões de euros anuais, disse o principal responsável, Philippe Chaix.

Duas empresas privadas napolitanas e o Governo da região de Campânia assinaram nesta terça-feira um acordo para valorizar o território que rodeia as jazidas de Pompeia, Herculano e Stabia, cidades que também sucumbiram à mesma erupção vulcânica.

Esta última iniciativa pretende impulsionar as infraestruturas de transporte e hotelaria dessa área para fomentar o turismo local, segundo explicou Caruso.

Os empresários não descartam que parte desses benefícios possam ser destinados à preservação dos 440 mil metros quadrados de Pompeia que a Unesco tem catalogados como patrimônio da humanidade.

As críticas à gestão da região arqueológica causaram a saída, em março, do ministro de Cultura italiano, Sandro Bondi, que atribuiu as derrubadas em Pompéia às fortes chuvas, enquanto a oposição se queixava da falta de fundos que o Governo tinha destinado à cultura e, especialmente, a essa jazida.

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Paris - O Ministério de Cultura italiano assinou nesta terça-feira um acordo com a Unesco para impulsionar o mecenato privado internacional a fim de restaurar e preservar a jazida arqueológica de Pompeia, depois dos danos sofridos por várias construções.

A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura se compromete no documento a buscar patrocinadores privados para o Projeto Extraordinário e Urgente de Restauração e Conservação de Pompeia, afirmou à Agência Efe o embaixador e conselheiro italiano dessa agência da ONU, Francesco Caruso.

O acordo, que tecnicamente será oficial nos próximos dias, também prevê que a Unesco colabore com seus analistas científicos na execução do plano de preservação da Pompeia, e que ajude a traçar um plano que supere os dez anos que contempla o projeto atual.

'Há cerca de 150 'domus' (casas) em perigo' em Pompeia, advertiu Caruso, depois que a zona arqueológica já sofreu desmoronamentos e diversos danos nos últimos dois anos.

Alguns dos casos mais famosos foram a queda em 2010 de um dos muros do pátio da Casa do Moralista e, nesse mesmo ano, o da Casa dos Gladiadores, que datava do ano 62 d.C.

Para frear a deterioração da cidade romana engolida pela cinza vulcânica depois da erupção do Vesúvio no ano 79 d.C., o novo plano conta com 105 milhões de euros provenientes de fundos da União Europeia (UE), que se somam aos 25 milhões que o Governo italiano destina anualmente à preservação do lugar.


Os impulsores do plano esperam que a esses números se somem agora os patrocinadores privados. Para isso, recorreram à associação de grandes empresas do bairro de negócios da Défense, nos arredores de Paris, que espera reunir até 10 milhões de euros anuais, disse o principal responsável, Philippe Chaix.

Duas empresas privadas napolitanas e o Governo da região de Campânia assinaram nesta terça-feira um acordo para valorizar o território que rodeia as jazidas de Pompeia, Herculano e Stabia, cidades que também sucumbiram à mesma erupção vulcânica.

Esta última iniciativa pretende impulsionar as infraestruturas de transporte e hotelaria dessa área para fomentar o turismo local, segundo explicou Caruso.

Os empresários não descartam que parte desses benefícios possam ser destinados à preservação dos 440 mil metros quadrados de Pompeia que a Unesco tem catalogados como patrimônio da humanidade.

As críticas à gestão da região arqueológica causaram a saída, em março, do ministro de Cultura italiano, Sandro Bondi, que atribuiu as derrubadas em Pompéia às fortes chuvas, enquanto a oposição se queixava da falta de fundos que o Governo tinha destinado à cultura e, especialmente, a essa jazida.

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