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Itália diz ter resgatado 3.600 imigrantes em dois dias

Quase 3.600 imigrantes foram resgatados viajando em barcos superlotados da África ao longo das últimas 48 horas, segundo autoridades italianas

Imigrantes resgatados no Mediterrâneo (AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 14 de maio de 2015 às 16h36.

Catânia - Quase 3.600 imigrantes foram resgatados viajando em barcos superlotados da África para a Europa ao longo das últimas 48 horas, afirmou a Itália nesta quinta-feira, num momento em que as condições marítimas são favoráveis para tentar a travessia.

Enquanto mais de 600 imigrantes foram levados ao porto de Catânia, na Sicília, agentes resgataram um grupo de 2.500 em barcos frágeis ao largo da costa da Líbia, declarou a guarda costeira.

A maioria dos que chegaram em Catânia tinha sido capturada pelo navio de guerra britânico HMS Bulwark e era somali e nigeriana, disseram autoridades portuárias.

Com a Líbia envolvida em conflitos, traficantes de pessoas estão cada vez mais livres para despachar imigrantes em barcos precários. Em 2015, a previsão é de que a Itália receba 200.000 imigrantes, um aumento de 30.000 na comparação ao ano passado, de acordo com uma projeção do Ministério do Interior.

Sandra Dike, uma nigeriana de 20 anos e grávida, disse que deixou seu país de origem por causa do perigo de ataques do grupo armado islâmico Boko Haram.

"Não é seguro ir a um local público, como uma igreja, o mercado. Eles (Boko Haram) podem bombardear a qualquer momento", disse ela. "A guerra na Líbia é pior. É por isso que decidi vir para a Itália."

São Paulo – Diariamente, milhares de pessoas de países em situação de pobreza ou conflito, como a Síria , no Oriente Médio , ou a Líbia , na África , tentam a sorte em perigosas travessias no Mediterrâneo para buscar refúgio na Europa . Viajando em embarcações precárias, que sequer contam com equipamentos de segurança, e à mercê de gangues, estes imigrantes acabam à deriva no mar ou são forçados a tentar sobreviver após naufrágios. No início da semana, por exemplo, um barco que seguia da Líbia para a Itália naufragou matando cerca de 800 pessoas. Dias depois, a Marinha e a Guarda Costeira do país salvaram as vidas de outras 1.200 em uma operação de resgate. Entidades criticam a maneira como a União Europeia (UE) está lidando com este problema. Para a ONU , os governos da UE devem dar prioridade à busca e ao resgate destes imigrantes. Já a Anistia Internacional sugere que a UE organize uma missão humanitária multinacional no Mediterrâneo.  Nas imagens, confira números e dados que mostram o pesadelo diário vivido por quem embarca nessa perigosa jornada.
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