Israelenses e palestinos retomarão negociações no Cairo
Neste sábado, um palestino foi morto e dois ficaram feridos ao serem atacados por forças egípcias quando tentavam entrar no Egito
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2014 às 15h49.
As negociações indiretas entre israelenses e palestinos por um cessar-fogo na Faixa de Gaza serão retomadas no dia 24 de setembro no Cairo, anunciaram neste sábado autoridades palestinas e egípcias.
Israelenses e palestinos chegaram a um acordo de cessar-fogo em 26 de agosto para acabar com 50 dias de conflito no enclave palestino e que contempla a retomada do diálogo dentro de um mês para que uma série de questões sensíveis seja abordada, como a construção de um porto, a reforma do aeroporto da Faixa de Gaza e a troca de prisioneiros palestinos pelos restos mortais de soldados israelenses.
"O Egito convidou as delegações palestina e israelense a retomar as negociações no Cairo em 24 de setembro", anunciou uma autoridade palestina. Um representante do governo egípcio confirmou a data para contatos indiretos entre a delegação israelense e uma delegação reunindo todos os movimentos palestinos.
Israel não reagiu a esse anúncio até o momento.
Israel iniciou em 8 de julho a uma ofensiva na Faixa de Gaza com o objetivo principal de destruir a rede de túneis do movimento islamita palestino Hamas que eram utilizados para atacar Israel.
O conflito entre Israel e os grupos armados palestinos na região causou a morte de cerca de 2.200 pessoas do lado palestino e de 73 entre os israelenses.
Neste sábado, um palestino foi morto e dois ficaram feridos ao serem atacados por forças egípcias quando tentavam penetrar no Egito por um túnel, segundo autoridades locais.
Desde a destituição do presidente islamita Mohamed Mursi, um julho de 2013, o Exército egípcio acelerou a destruição dos túneis de contrabando ligando a Península do Sinai ao território palestino, que Israel e Egito suspeitam que sirva de passagem para armas e combatentes.
Mais de 1.600 túneis foram cavados para evitar o bloqueio israelense e permitir a passagem de combustível, armas, alimentos e dinheiro, já foram destruídos nos últimos anos pelas autoridades egípcias.