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Israelenses e palestinos afirmam estarem prontos para a paz

Os presidentes de Israel, Shimon Peres, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, fizeram a afirmação em visita ao papa Francisco

Encontro: Durante a cerimônia, judeus, cristãos e muçulmanos pediram pela paz (REUTERS/Max Rossi)
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Da Redação

Publicado em 8 de junho de 2014 às 17h37.

Cidade do Vaticano - Os presidentes de Israel , Shimon Peres, e da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, disseram neste domingo, diante do papa Francisco que estão preparados para buscar a paz no Oriente Médio o mais rápido possível.

Este encontro sem precedentes entre o papa Francisco e os presidentes palestino e israelense para falar sobre a paz aconteceu em um cantinho dos Jardins Vaticanos, resguardado pela copa das árvores e com vista para a cúpula da Basílica de São Pedro.

A reunião de oração aconteceu depois do convite do papa para irem à sua "casa" para rezarem pela paz durante sua viagem à Terra Santa, entre 24 e 26 de maio.

O custódio da Terra Santa, o franciscano Pierbattista Pizzaballa, responsável por organizar o encontro, tinha advertido para que ninguém pensasse que a paz "explodiria" no Oriente Médio após esta reunião, mas, pelo menos, os dois presidentes deixaram clara a intenção de querer se esforçar por pôr fim ao conflito.

Durante a cerimônia, judeus, cristãos e muçulmanos agradeceram pela criação, pediram perdão pelos pecados e, principalmente, invocaram a paz.

Foram feitas leituras de salmos, da Bíblia, uma oração do rabino Nahman de Breslau, o "mea culpa" pronunciado em 2000 por São João Paulo II, um escrito de São Francisco de Assis e textos inspirados no Corão, junto com peças musicais criaram uma atmosfera íntima para uma cerimônia histórica.

Depois, Francisco se dirigiu aos líderes para indicar-lhes que "os filhos estão cansados e esgotados pelos conflitos e com vontade de chegar aos alvores da paz".

E afirmou que todos "pedem a queda dos muros da inimizade e que seja tomado o caminho do diálogo e da paz para que o amor e a amizade triunfem".

Em seu discurso, pronunciado em italiano, lembrou como muitos desses filhos "caíram vítimas inocentes da guerra e da violência, plantas arrancadas em plena floração".

E pediu que "a memória deles dê as forças necessárias para perseverar no diálogo a todo custo, a paciência para tecer dia após dia o entrecruzado cada vez mais robusto de uma convivência respeitosa e pacífica".

Francisco considerou que "para conseguir a paz, é preciso coragem, muito mais do que para fazer a guerra".

Depois passou a palavra para Shimon Peres, que admitiu que a paz "não se consegue facilmente", mas pediu para "lutarmos com todas as nossas forças para chegar a ela. Para consegui-la em breve, inclusive se para isso forem exigidos sacrifícios ou compromissos".

Peres disse desejar que "a verdadeira paz possa se transformar em nossa herança rapidamente" e garantiu que israelenses e palestinos "desejam ardentemente a paz".

"As lágrimas das mães sobre seus filhos ainda estão gravadas em nossos corações. Devemos pôr fim aos gritos, à violência, aos conflitos. Todos precisamos da paz. A paz entre iguais", acrescentou.

O discurso mais político foi o de Abbas, que pediu além da paz para "nós e nosso vizinhos" também "liberdade para a Palestina, um estado soberano e independente".

Abbas afirmou que "a reconciliação e a paz são os objetivos" dos palestinos e disse em seu discurso nos Jardins Vaticanos: "aqui estamos, Deus, inclinados à paz. Mantenha nossos passos firmes e coroe nossos esforços e empenhos com o êxito".

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) também revelou o desejo de que "Palestina, e Jerusalém em particular, (sejam) uma terra segura para todos os que têm fé, e um lugar de oração e veneração para os seguidores das três religiões monoteístas".

Além das palavras, Abbas e Peres tiveram gestos de aproximação como quando se cumprimentaram cordialmente na Casa Santa Marta, onde o papa Francisco os recebeu, e não hesitaram em irem juntos ao local da celebração. Em seguida plantaram juntos uma oliveira, a árvore símbolo da paz.

Após o encontro, os três se reuniram em particular na Academia Pontifícia das Ciências, a poucos passos do local da cerimônia.

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Este encontro sem precedentes entre o papa Francisco e os presidentes palestino e israelense para falar sobre a paz aconteceu em um cantinho dos Jardins Vaticanos, resguardado pela copa das árvores e com vista para a cúpula da Basílica de São Pedro.

A reunião de oração aconteceu depois do convite do papa para irem à sua "casa" para rezarem pela paz durante sua viagem à Terra Santa, entre 24 e 26 de maio.

O custódio da Terra Santa, o franciscano Pierbattista Pizzaballa, responsável por organizar o encontro, tinha advertido para que ninguém pensasse que a paz "explodiria" no Oriente Médio após esta reunião, mas, pelo menos, os dois presidentes deixaram clara a intenção de querer se esforçar por pôr fim ao conflito.

Durante a cerimônia, judeus, cristãos e muçulmanos agradeceram pela criação, pediram perdão pelos pecados e, principalmente, invocaram a paz.

Foram feitas leituras de salmos, da Bíblia, uma oração do rabino Nahman de Breslau, o "mea culpa" pronunciado em 2000 por São João Paulo II, um escrito de São Francisco de Assis e textos inspirados no Corão, junto com peças musicais criaram uma atmosfera íntima para uma cerimônia histórica.

Depois, Francisco se dirigiu aos líderes para indicar-lhes que "os filhos estão cansados e esgotados pelos conflitos e com vontade de chegar aos alvores da paz".

E afirmou que todos "pedem a queda dos muros da inimizade e que seja tomado o caminho do diálogo e da paz para que o amor e a amizade triunfem".

Em seu discurso, pronunciado em italiano, lembrou como muitos desses filhos "caíram vítimas inocentes da guerra e da violência, plantas arrancadas em plena floração".

E pediu que "a memória deles dê as forças necessárias para perseverar no diálogo a todo custo, a paciência para tecer dia após dia o entrecruzado cada vez mais robusto de uma convivência respeitosa e pacífica".

Francisco considerou que "para conseguir a paz, é preciso coragem, muito mais do que para fazer a guerra".

Depois passou a palavra para Shimon Peres, que admitiu que a paz "não se consegue facilmente", mas pediu para "lutarmos com todas as nossas forças para chegar a ela. Para consegui-la em breve, inclusive se para isso forem exigidos sacrifícios ou compromissos".

Peres disse desejar que "a verdadeira paz possa se transformar em nossa herança rapidamente" e garantiu que israelenses e palestinos "desejam ardentemente a paz".

"As lágrimas das mães sobre seus filhos ainda estão gravadas em nossos corações. Devemos pôr fim aos gritos, à violência, aos conflitos. Todos precisamos da paz. A paz entre iguais", acrescentou.

O discurso mais político foi o de Abbas, que pediu além da paz para "nós e nosso vizinhos" também "liberdade para a Palestina, um estado soberano e independente".

Abbas afirmou que "a reconciliação e a paz são os objetivos" dos palestinos e disse em seu discurso nos Jardins Vaticanos: "aqui estamos, Deus, inclinados à paz. Mantenha nossos passos firmes e coroe nossos esforços e empenhos com o êxito".

O presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP) também revelou o desejo de que "Palestina, e Jerusalém em particular, (sejam) uma terra segura para todos os que têm fé, e um lugar de oração e veneração para os seguidores das três religiões monoteístas".

Além das palavras, Abbas e Peres tiveram gestos de aproximação como quando se cumprimentaram cordialmente na Casa Santa Marta, onde o papa Francisco os recebeu, e não hesitaram em irem juntos ao local da celebração. Em seguida plantaram juntos uma oliveira, a árvore símbolo da paz.

Após o encontro, os três se reuniram em particular na Academia Pontifícia das Ciências, a poucos passos do local da cerimônia.

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