Israel reconhece que matou líder do Hamas em julho, no Irã
Declaração foi feita pelo ministro da Defesa, Israel Katz, nesta segunda-feira
Agência de notícias
Publicado em 23 de dezembro de 2024 às 18h11.
O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, reconheceu, nesta segunda-feira, que o assassinato do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em julho, em Teerã, foi obra de Israel, e ameaçou"decapitar" também a cúpula dos rebeldes huthis no Iêmen , de acordo com um comunicado emitido pelo ministério.
"Atingiremos duramente os houthis, atacaremos suas infraestruturas estratégicas e decapitaremos sua cúpula, como fizemos com Haniyeh, [Yahya] Sinwar e [Hassan] Nasrallah em Teerã, Gaza e Líbano", declarou Katz, na primeira admissão pública de que Israel esteve por trás do assassinato de Haniyeh na capital iraniana. "Qualquer um que levantar a mão contra Israel terá sua mão cortada, e o longo braço das IDF [Forças Armadas Israelenses] o atingirá e o responsabilizará.
A guerra continua
Os rebeldes lançaram repetidamente mísseis contra Israel em solidariedade aos palestinos desde que a guerra em Gaza começou, há mais de um ano. A maioria deles foi interceptada pelo sistema de defesa aéreo israelense. Em resposta, Israel atingiu vários alvos em áreas controladas pelos rebeldes no Iêmen, incluindo portos e instalações de energia.
Até agora, Israel nunca admitiu ter matado Haniyeh, mas o Irã e o Hamas o culparam pela morte do líder político do Hamas.
Haniyeh, que era visto como líder dos esforços de negociação do Hamas para um cessar-fogo em Gaza, foi morto em uma pousada em Teerã em 31 de julho, supostamente por um dispositivo explosivo que havia sido instalado por agentes israelenses semanas antes no local. Um dia antes, Haniyeh havia comparecido à posse do presidente iraniano Masoud Pezeshkian.
Em 27 de setembro, Israel matou Nasrallah em um atentado a bomba em Beirute, seguido pela morte do sucessor de Haniyeh, Sinwar, em 16 de outubro em Gaza.
Autoridades israelenses afirmam que Sinwar planejou o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, o que desencadeou a guerra em curso na Faixa de Gaza.
(Com AFP)