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Israel realiza 100 mil testes para prevenir segundo surto de coronavírus

Autoridades querem medir a "imunidade coletiva" da população e determinar quais pessoas são mais vulneráveis no caso de uma segunda onda de coronavírus

Coronavírus: autoridades também realizam testes em grupos específicos nas "áreas de risco" (AFP/AFP)
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AFP

Publicado em 28 de maio de 2020 às 11h09.

Última atualização em 28 de maio de 2020 às 11h54.

As autoridades israelenses começaram a realizar testes sorológicos em 100.000 de seus cidadãos, uma das maiores campanhas de detecção do mundo, com o objetivo de prevenir um "segundo surto" da covid-19 - informaram as autoridades nesta quinta-feira (28).

O objetivo destes testes é medir a "imunidade coletiva" da população de Israel e determinar as pessoas mais suscetíveis que poderiam ser afetadas no caso de uma segunda onda de contágios.

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"Já começamos (...) e não demorará muito para que possamos identificar tendências interessantes", disse à AFP o doutor Yair Schindle, um alto funcionário das forças de intervenção implantadas pelo governo para administrar o final da epidemia.

Em paralelo, as autoridades também realizam testes em grupos específicos nas "áreas de risco", especialmente nos bairros judeus ultraortodoxos, principais focos da doença no país, assim como entre a equipe médica que tratou pessoas infectadas.

Com esses testes, "tentamos saber quantas destas pessoas estiveram expostas ao vírus e quantas desenvolveram anticorpos", explicou o doutor Schindle, também cofundador da aMoon, um fundo israelense de capital de risco especializado em novas empresas biomédicas.

A questão da imunidade continua gerando debate.

No final de abril, a Organização Mundial da Saúde (OMS) estimou que não existia "nenhuma prova" de que pessoas que haviam tido o vírus estivessem a salvo de uma nova infecção.

Nessas últimas semanas, as autoridades aceleraram o desconfinamento do país, embora o medo de um novo surto de casos esteja muito presente.

No total, o governo comprou 2,5 milhões de kits para esses testes. Serão efetuados pelos quatro estabelecimentos da segurança social que envolvem o conjunto da população, para facilitar a coleta desses dados epidemiológicos, relatou o doutor Schindle.

Segundo ele, trata-se da mais importante pesquisa nacional no mundo, afirmou.

Com cerca de nove milhões de habitantes, Israel registrou mais de 16.800 casos de coronavírus e 281 óbitos.

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