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Israel promete bloquear tentativa palestina de virar membro pleno da ONU

"Os palestinos pagam os terroristas e incentivam a violência e mesmo assim buscam ser um Estado-membro na ONU", disse embaixador.

Israel: ministro diz que vai fazer um pedido de adesão plena ao Conselho de Segurança no próximo mês (Ilia Yefimovich/Getty Images'/Getty Images)

Israel: ministro diz que vai fazer um pedido de adesão plena ao Conselho de Segurança no próximo mês (Ilia Yefimovich/Getty Images'/Getty Images)

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AFP

Publicado em 27 de dezembro de 2018 às 16h44.

Israel afirmou que vai trabalhar com os Estados Unidos para bloquear uma iniciativa da Autoridade Palestina para se tornar membro pleno da ONU, o que daria reconhecimento internacional a um Estado palestino.

O ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Riyad al-Maliki, disse na quarta-feira que vai apresentar o pedido de adesão plena ao Conselho de Segurança no próximo mês, segundo a agência oficial palestina Wafa.

"Estamos nos preparando para deter a iniciativa", destacou, em um comunicado, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon.

"Os palestinos pagam os terroristas e incentivam a violência e mesmo assim buscam ser um Estado-membro das Nações Unidas", acrescentou.

Danon acusou os líderes palestinos de impulsionar "políticas destrutivas que incentivaram ataques terroristas recentes" e informou que estava preparando para bloquear a iniciativa com a "cooperação com os Estados Unidos".

Qualquer iniciativa palestina em busca de uma adesão plena na ONU enfrentará o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança, informaram diplomatas.

Segundo as normas da ONU, a Assembleia Geral deve aprovar qualquer solicitação para obter a adesão plena, mas primeiro deve ser enviada ao Conselho de Segurança.

Para conseguir a luz verde do Conselho, os palestinos devem obter nove votos dos 15 integrantes da entidade e evitar o veto de qualquer um dos cinco membros permanentes: Reino Unido, França, China, Rússia e Estados Unidos.

O chanceler palestino disse que planeja viajar a Nova York no próximo mês para fazer pessoalmente a solicitação, embora não esteja claro se o pedido será imediatamente submetido à consideração do Conselho de Segurança.

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